Poema das Sombras
Acendi uma vela no meu quarto
Para não ficar entre as sombras;
Escura sombra em meio à escuridão
Deitei meu corpo na cama e...
Quis fechar os olhos e procurar-te
Na memória do meu coração.
Fiquei imóvel, incapaz.
Estavas desenhado a minha frente
Ardente como a chama da vela
Brilhante e quente como essa.
Mas a vela é apenas cera
Cera derrete manchando o chão
Enquanto tu és muito mais
A sombra desenhada no clarão
Que se forma da luz trêmula
Antes que meu corpo sombrio
Seja a sombra
E no teu se vá encaixar.
Acendi uma vela e fiz um poema no ar
As sombras estavam desenhadas pelo meu olhar.
1 Coveiros:
sinistro
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