24 de outubro de 2009

Alone


"...É nesse intermúndio de insulamento dramático, concreto na forma da dor da solidão...

Que insiste em se esvanecer, desterro repleto de intermúndio, nenhuma pessoa consegue ser feliz desamparada…

A carência imbuída de sentimentalismo dispendioso, em que o amor jamais voltará a brilhar, apenas o vácuo lhe faz companhia, sua sangria desatada, em busca do do tempo perdido, vazio que insiste em existir e perdurar sobre o intimo...”


PS: Nem mesmo eu sabia ao certo onde queria chegar, rs

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23 de outubro de 2009

O sentido do lago

A princípio, parece apenas a refilmagem do longa coreano de 2000“Siworae”(conhecido como “Il Mare”), do diretor Lee Hyun-seung. Entretanto, basta meros instantes para atestar A Casa do Lago como uma obra interessante, principalmente pela capacidade de fugir das caracterizações comuns daqueles romances padrões que chegam aos cinemas na atualidade. Carregado de emoções, o filme deixa o espectador com uma sensação de alívio e felicidade ao seu término, a pessoa percebe que viu algo ao mesmo tempo bonito tão e inteligente.



A trama se estabelece com a personagem Kate Forster (Sandra Bullock), que encarna uma médica solitária, que morava em uma casa de vidro à beira de um lago. Hoje esta casa é ocupada por Alex Wyler (Keanu Reeves), que adota a figura de um arquiteto brigado com o pai (Christopher Plummer, sempre excelente como de costume). Kate passa a trocar cartas com Alex e descobre que – estranhamente, inexplicavelmente - estão separados pelo tempo, ele vivendo em 2004, enquanto que Kate em 2006. Essa diferença temporal é o grande diferencial do filme, pois consegue transformar a trama em artifício plausível e beirando a surrealidade, fazendo desse cenário irreal a concretude que garante a beleza da produção, transportando para as telonas algo além da realidade do expectador. O fato que desenvolve essa curta diferenciação temporal, apenas dois anos, é outro ponto positivo, pois deixa a expectativa de que um dia os dois podem acabar se trombando de verdade, sem que fosse necessário utilizar um artifício como uma máquina do tempo ou coisas afins.

Um passeio pela casa do lago

Um drama assumidamente romântico, “A Casa do Lago” pede uma coisa de sua platéia: suspender a crença em qualquer lógica! Se esse pedido for fielmente atendido, aqui se tem um filme que chega muito próximo ao espetacular, um romance que consegue um feito raro – ser emocional sem ser piegas ou cair no meloso. Boa parte desse feito se deve ao argentino Alejandro Agresti (Valentin), que estreava em Hollywood, fazendo um filme de grande estúdio sem abrir mão de seu estilo clássico.

O que Agresti também tem a seu favor é uma leve “inspirada” dupla e central formada por Sandra Bullock e Keanu Reeves, que já provaram ter química em Velocidade Máxima (94). Aqui, potencializam essa afinidade em uma produção exclusivamente romântica. Conquanto tenham poucas cenas essencialmente juntos, existe uma grande cumplicidade entre os dois. Ela é uma médica solitária que terminou um namoro há pouco e leva uma vida triste. Ele, perfeita estereotipia de bonitão arquiteto solteirão, que não pensa em se envolver com mais ninguém. O que os une são cartas e o que os separa é o tempo. Em comum, apenas o endereço.As sandices estão apenas começando... A caixa de correio dessa casa tem a estranha capacidade de permitir que a correspondência simplesmente viaje no tempo. O presente para Kate é o ano de 2006; para Alex é 2004. E os dois conseguem se corresponder. O que permite tal fenômeno é impossível se saber ao certo. O roteiro foi escrito por David Auburn – baseado no filme coreano Il Mare – e mantém um compromisso maior com as relações humanas dos personagens do que propriamente para com os preceitos físicos dentro da temática tempo e espaço, não existindo explicação sobre o nefasto acontecimento.

Ambos querem a mesma coisa em tempos distintos. Nada muito diferente de várias relações que se vêem na vida real, em que homem e mulher anseiam pelo mesmo, mas não na mesma hora. Kate e Alex começam a pensar em formas de se encontrarem, no presente ou em algum lugar qualquer do futuro, não se entende exatamente... Para ela, o encontro pode ser no dia seguinte, para ele é daqui a dois anos e um dia. Aos poucos, o casal busca uma forma de entrar em sincronia para fazer que a relação perdure fisicamente, além das cartas.

As características da casa

Agresti faz uso da sua experiência com um cinema que privilegia personagens e relações humana, a tramas elaboradas e distantes. Aqui, somos inseridos na vida diária de cada um dos protagonistas. Inclusive a respeito do amor, que brota e vai se desenvolvendo aos poucos entre eles. A direção sóbria e charmosa do argentino é privilegia por essa própria sobriedade, tanto no estilo de cores, como na condução dos atores e planos de fundo.

"A Casa do Lago" desafia seu público a se render à premissa praticamente impossível. Questionamentos demais acabam com toda a trama. Aqui, o filme cumpre o papel de existir dentro do seu universo paralelamente ambíguo. Pouco interessa se a história é inverossímil, o que influi realmente é o desenrolar dessa quebra de lógica, resultando em um filme esplendoroso.

A ideia central é uma metáfora atraente do destino romântico: duas almas solitárias que vivem numa mesma casa em tempos diferentes começam a se comunicar através de cartas e uma distância de dois anos. A paixão no filme jamais chegará a ser, é contida ou mesmo ausente. O final, em alguns pontos, chega a decepcionar o espectador que se confundi com o pingue-pongue entre os dois períodos de tempo e aborta do filme repleto de dúvidas na cabeça. Para superar as pequenas falhas, “A Casa do Lago” conta com a ajuda da trilha sonora e pelo belo trabalho de design de produção, além da precisão elegante e suntuosa da direção fotográfica. Consegue captar a maneira como determinados lugares ficam imbuídos de sentimentalismo.

O perfil dos habitantes do lago

A solidão e a introspecção são temas cinematográficos férteis. Em “A Casa do Lago”, Reeves e Bullock representam personagens tão introspectivos e dotados de um atraente grau de timidez que até inspira certa indiferença, indiferença essa que cria o clímax perfeito na relação entre o casal. Bullock consegue transmitir bem a insatisfação de Kate, sem exagerá-la, embora o roteiro exagere ao reprisar o velho refrão, as mulheres solteiras que se dedicam a sua profissão são as pessoas mais tristes do planeta! Kate joga xadrez com seu cachorro, e seus únicos contatos no mundo real são as relações insatisfatórias com um ex-namorado, sua mãe e uma colega de trabalho.

Keanu Reeves encarna Alex dentro de uma perspectiva de homem misterioso e difícil de compreender. Repleto de conflitos interiores e preso a fantasmas do passado, ele é um arquiteto que, diferentemente de seu irmão, desviou-se do que realmente gosta para projetar prédios de apartamentos.Parte da crítica cinematográfica é capaz de enxergar, mas “A Casa do Lago”, é mais ampla que uma mera produção, que traz um romance no íntimo, inserido num complexo jogo de lapso temporal, fazendo com que esses corram para que tudo termine extremamente bem, um final feliz. Tão pouco, resume-se a uma produção no âmago de uma atmosfera bonita, e uma trilha sonora essencialmente romântica.

Quando todos os fatores que o englobam são bem analisados, automaticamente é possível atestar o sucesso do filme, além do casal romântico, que em diversos momentos, fica claro que possa não existir aquele famoso “felizes para sempre”. O declínio atenuado, acompanhado por toda discrepância que cerca ambas as partes, deixa mais irreverente o filme. Tendo um pouco daquele clima de comédia romântica sim, todavia acompanhado da dose exata de suspense. A obra tem características bastante imprevisíveis. Durante todo o filme, não sabe se eles algum dia se encontrarão. Mesmo afastados pelo tempo, é impressionante, eles se sentem unidos, sabem e percebem a presença um do outro. Sinais são deixados de cada qual, em determinados pontos para que dessa forma possam saber que aquilo, apesar de totalmente absurdo... É completamente real.

O lago é sua morada definitiva

A “Casa do Lago” é um romance com uma nova linha, que pode ser classificado por toda sua leveza, mais macio, gostoso de ser degustado, nada de provas e declarações de amor explícitas, que seja eterno enquanto dure esse amor. Já que esse não se caracteriza como um dramalhão para adolescente, mas sim um romance adulto, uma coisa mais sadia para quem conta com uma sensibilidade, acompanhado com a maturidade certa, que só pode ser adquirida com o próprio tempo, aquele mesmo que durante o filme, os separam.



A película não tem a menor lógica, caso a idéia seja discutir a veracidade do caso. No entanto, acaba retratando bem a relação a dois, sendo uma bela amostra de ultra-romantismo, mostrando certa precisão no modo de apresentar a distância espaço-temporal entre os dois. E dentro dessa fantasia extremamente fantasiosa, a produção não se limita apenas a uma historinha de amor entre os dois, aproveitando para discutir, através do ótimo roteiro, casos bem cotidianos, daqueles bastante comuns a qualquer pessoa. Entregando-se de forma sutil aos clichês do gênero, tem o seu diferencial: ao contrário dos famosos romances impossíveis, Kate e Alex podem ficar juntos, desde que um deles saiba como superar essa distância temporal de dois anos que insiste em lhes separar.

Isso o torna deveras interessante por ostentar uma condição rara de interação, o expectador passa a torcer pelos dois, mesmo sabendo que tais coisas simples do dia-a-dia podem impedir que esse encontro, marcado dois anos antes, enfim aconteça. E esse ponto tem um aspecto muito positivo, é o responsável para que a interação entre público e personagem seja ampla. Isso é relevante sobre o ponto de vista de um simples fato de que passa-se automaticamente a torcer pelos dois. É um filme feito para chorar mesmo, mas que tem a coragem de ser um pouco menos convencional na sua estética, ao apresentar a história sem achar que o público é burro e que tem toda a estrutura clássica de tragédia, tomando a coragem de ser diferente e eficiente na conclusão.

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22 de outubro de 2009

Ametista


Ametista

A primeira vista mais parece um cristal encantado
Exibindo um brilho maior
Que encanta e até seduz
O sorriso da ametista
Trás lá dentro escondido
Um mundo mágico
Há tempos esquecido...
Emoldurada por forças do tempo
Flameja seu encanto de jóia rara
Preciosa divindade do sol
E os luares que te fazem
A mais linda estrela guia
Essa encantadora ametista

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21 de outubro de 2009

Crise de identidade canina

O mausoléu anda meio desanimado ultimamente, sou vítima de um mal chamado tempo para atualizá-lo constantemente, então... Nada melhor que uma bizarrice para atiçar as desventuradas almas desse Cemitério.

Para começar, alguém aqui já ouviu falar de grooming? Esse seria uma espécie de cabeleireiro com uma particularidade, são especializados em animais.

Então o que acontece quando se reúne algumas imagens, na verdade um registro, que mais seria o resultado final da atividade desses artistas da animália? Acreditem o que menos se percebe é o poder de realce da beleza natural das pobres criaturas. Ainda bem que aparentemente, as “deformidades” não são permanentes. Mesmo assim, posso sentir o pavor contido em cada uma delas, confinadas a uma experiência tão arduamente cruel, como se fosse um verdadeiro processo de mutação que além de criar imperfeições, faz qualquer um morrer... de tanto rir.

Na verdade, esqueçam tudo o que escrevi anteriormente. Isso porque o efeito foi dos mais esperados, já que se trata em especial de uma técnica que colabora para deixar os bichos bem bizarros – de onde poderia ter brotado uma ideia desse quilate? Pensando nisso, o site BuzzFeed elegeu as piores transformações de pets, tomando como base os competidores dos campeonatos anuais de grooming nos Estados Unidos. São cachorros que viraram pato, zebra, girafas…

Enfim vale a pena conferir, basta só clicar para ampliar a imagem!



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20 de outubro de 2009

Aqualung - Brighter Than Sunshine



Vou logo avisando que essa é meramente uma amostra da banda, entretanto a prova suficiente para convencer todo e qualquer mortal, Aqualung é realmente expetacular!

Além da harmonia contida nas melodias, as letras ainda possuem uma contextualização verdaeiramente surpreendente, dosando bem a musicalidade poética, com nostalgia, lirismo e sobretudo singeleza.

Vale a pena conferir a tradução e também a letra original da canção Brighter Than Sunshine – sem dúvidas eu pago pau pro Aqualung!


Mais Brilhante que a luz do Sol

Eu nunca compreendi antes
Eu nunca soube para que servia o amor
Meu coração estava partido, minha cabeça estava doendo
Que sensação!

Amarrado à história antiga
Eu não acreditava em destino
Eu procuro e você está ao meu lado
Que sensação!

Que sensação em minha alma
Amor mais brilhante que a luz do Sol
Mais brilhante que a luz do Sol
Deixe a chuva cair, eu não me importo.
Eu sou seu, e de repente você é minha.
De repente você é minha

Mais brilhante que a luz do Sol

Eu nunca vi isso acontecer
Eu desistiria e cederia
Eu simplesmente não podia me machucar outra vez
Que sensação

Eu não tive forças para lutar
De repente você pareceu tão certa
Eu e você
Que sensação

Mais brilhante que o Sol
Mais brilhante que o Sol
Mais brilhante que o Sol, a luz do Sol.

O amor ainda é um mistério
Mas me dê sua mão e você verá
Seu coração está mantendo o ritmo comigo

Letra versão original

Brighter Than Sunshine

I never understood before
I never knew what love was for
My heart was broke, my head was sore
What a feeling

Tied up in ancient history
I didn't believe in destiny
I look up you're standing next to me
What a feeling

What a feeling in my soul
Love burns brighter than sunshine
Brighter than sunshine
Let the rain fall, i don't care
I'm yours and suddenly you're mine
Suddenly you're mine
and it's brighter than sunshine

I never saw it happening
I'd given up and given in
I just couldn't take the hurt again
What a feeling

I didn't have the strength to fight
suddenly you seemed so right
Me and you
What a feeling

What a feeling in my soul
Love burns brighter than sunshine
It's brighter than sunshine
Let the rain fall, I don't care
I'm yours and suddenly you're mine
Suddenly you're mine

It's brighter than the sun
It's brighter than the sun
It's brighter than the sun, sun, shine.

Love will remain a mystery
But give me your hand and you will see
Your heart is keeping time with me

What a feeling in my soul
Love burns brighter than sunshine
It's brighter than sunshine
Let the rain fall, I don't care
I'm yours and suddenly you're mine
Suddenly you're mine

I got a feeling in my soul ...(repeat chorus to end)




A canção faz parte da trilha sonora do filme A lot like love - no Brasil "De repente é amor", confiram trechos da película, claro que ao som da principal canção que compõem sua trilha sonora...

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19 de outubro de 2009

Morte

Às vezes amo a morte tanto quanto a detesto ou a temo.

Será a morte apenas a imagem congelada do corpo de um animal? E quanto às cinzas, um modo mais fácil de fazer os restos caber dentro de uma urna? No fim das contas é apenas um corpo e porque não enfeitar o pouco que sobrou?

Para alguns a morte significa o fim, algo a ser temido durante toda a tenra existência. Mais para outros, pode significar a última aventura e a preparação para o começo de uma nova vida.

A verdade é que ainda se esta longe de serem desvendados esses mistérios, esse demônio que é a morte...Por fim muitos alegam que a viram de perto e para sua surpresa, a morte estava viva!

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18 de outubro de 2009

Um pouco de rock roll para começar a semana...


Espero que gostem moçada, uhuhuhuh

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