31 de março de 2014

Deus, apareça!

#Intrigado! Estava no elevador e lá havia um homem que creio nunca ter visto na vida, sequer sei se realmente mora no condomínio. Após um breve silêncio, o desconhecido olhou para mim, como se quisesse puxar algum tipo de conversa e disparou: se você pudesse fazer uma pergunta a Deus, qual seria? Confesso ter ficado deveras assustado e como o elevador chegou rápido ao andar onde iria descer, acabei me despedindo e não respondi a indagação.

O estranho é que logo quando ouvi a pergunta, subitamente me vi invadido pela resposta. Como posso nunca mais voltar a vê-lo e considerando a hipótese desse senhor ter, bem na base do acaso, o poder para acessar minha página, creio que durante interação com Deus iria querer saber: por que as coisas são mais fáceis para algumas pessoas do que pra outras? No entanto, a resposta é só para não deixar meu ilustre desconhecido no “vácuo”. Possivelmente se me fosse dada essa chance, rechaçaria a oportunidade, reservando-me ao silêncio, até para não correr o risco de ouvir o Senhor responder algo do tipo: cada um tem o que merece... Isso sim seria deveras desestimulante! #misterio

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Fantasia

Com um pouco de imaginação, durante a confecção daquelas enfadonhas matérias policiais, consegue se ver na condição de um escritor, em seu provável leito de morte, ostentando uma caneta e um caderno puído e borrado. Sucumbido pelas enfermidades, tenta reunir as últimas forças para compor sua obra derradeira e gradativamente, os fatídicos assassinatos, assaltos e estupros adquirem uma conotação distintiva, sobressaindo mostras de inventabilidade e conteúdos menos nefastos.

Agora, entorpecido pelo encanto da ilusão, está a desbravar horizontes desconhecidos e por poucos minutos, consegue se tornar um escritor de verdade, até chegar a hora de avançar para outro plano, afinal, todos estão fadados a morrer! E partirá, levando consigo a certeza de que cessação mesmo seria: renunciar a tal fantasia!

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