25 de janeiro de 2010

Nunca olhe para trás



Essa é uma das poucas músicas que exerce sobre mim uma forte influência, digo até que não me canso de cantarolar os refrões, Nerver look Back, rs...

Sempre caracterizei a vida como nada mais que uma longa jornada, em busca, na maioria das vezes, de algo que não se sabe bem ao certo. Precisamente é um processo evolutivo, para o bem ou mal e as etapas seriam o começo, meio e o fim. Até aí nada demais, é puro senso comum, mas, a maravilha desse processo é a habilidade de canalizar as situações adversas, a coragem de jamais olhar para trás, contemplando uma realidade fatídica, seja qual for essa desventura ou a intensidade do seu erro.

E essa parece ser a perspectiva do GRANDE Stan Meissner. Nessa composição para o projeto Metropolis – The Power of the Night (1999), o bem aventurado cantor e compositor canadense demonstra em Never Look Back, seu invejável conjunto poético, tudo devidamente inserido aos acordes da melodia e envolto a uma única preocupação: mostrar para todos a importância de não se preocuparem com os próprios requintes de crueldade, pois pouco importa o seu erro ou o quanto seja vítima da própria dor, superação sempre, importante mesmo é nunca olhar para trás!

NEVER LOOK BACK
S. Meissner/B.Turgon

They say it's a crime
But I've never felt this way before
Got my heart on the line
And I know it's worth fighting for

No power in the world
Could stand in our way
Got something so strong
We can't let slip away

Take hold of my hand and believe in me
This time babe we'll make a stand
Take a shot at the love that can set you free
And never look back again

I don't care what they say
I only know I want you
We'll make it through some way
If it's the last thing we can do

We've got to be strong
Hold onto our dreams
We can't forsake love
And all that it means

Take hold of my hand and believe in me
This time babe we'll make a stand
Take a shot at the love that can set you free
And never look back again

Our love shines in the darkest night
Burning the candle at both ends
Lay it all on the line and we'll win this fight
And we'll never look back again

Doesn't matter if its wrong or right
We're gonna make it through the good and bad
We'll keep running till we see the light
And we'll never look back

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Que Há para Lá do Sonhar?

Existia um céu, existia sim
Era baixo, grosso e cinzento
E uma luz insistia em vagar pelo ar
Era um estranho tormento
Só me fazia pensar em dormitar.


Mas que há para lá do sonhar?
Perdidas ficam essas minhas palavras no ar
Tentando entender aquilo que não se pode explicar
Esse é o meu sonho
Uma sandice
Em forma de algo que deveria ser uma poesia!

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24 de janeiro de 2010

Sua vida... Sem você



Tudo Bem! Antes que comecem as broncas vou logo admitindo que esse Cemitério anda mesmo meio – completamente – abandonado. Na verdade, por isso que acabou se tornando, um imenso cemitério, pouco povoado e repleto de teias de aranhas por todos os lados, hahahahahahh....

Então, para perturbar o sono dos coveiros falecidos, que tal falar um pouco sobre um filme extraordinário, diria até que já era o melhor muito antes de ser, e agora mais ainda, muito depois de ter sido... Nossa! Agora estou parecendo um tanto leviano e insensato, mas acontece que essa é a ideia inicial da obra, afinal, o que diabos você faria se descobrisse que tem apenas mais dois meses de vida?

É uma indagação forte, apesar de se caracterizar como uma premissa tênue e um tanto batida no universo cinematográfico. No entanto, repleto de originalidade, Minha vida sem mim (My life without me, 2003) aborda a temática utilizando-se de um repertório até fascinante, o tema sofre uma espécie de releitura, dosando com maestria o elemento sensibilidade, exibindo uma incomum habilidade poética para não ser vítima de armadilhas como drama excessivo se apoiando no sentimentalismo banal e nas constantes páginas da vida que geralmente integram o gênero.Um passeio pelas personagens... A protagonista Ann (Sarah Polley), é apresentada como uma jovem faxineira de uma universidade e que pra variar, leva uma vida difícil. Difícil por conta de suas duas filhas pequenas, a mais velha nasceu quando ainda era muito jovem, e um marido desempregado (Scott Speedman), obrigando a família a residir em um trailer instalado no quintal da casa de sua mãe (brilhantemente interpretada por Debbie Harry, da banda Blondie), no estereótipo de uma mulher amargurada e infeliz.

Agora um passeio pelo enredo. Tudo começa após Ann sofrer um desmaio em casa. Através de uma consulta com um médico, descobre ser portadora de uma doença em estágio terminal. Restam-lhe nada mais do que dois meses de vida, isso é o que afirma o médico, incapaz de encarar a jovem de frente. A partir da deixa, o filme automaticamente se desvincula do estado usual, já que Ann resolve esconder o fato de sua família e parte para realizar uma lista de coisas que nunca fez e que gostaria de pelo menos experimentar por uma única vez. Entre os desejos, nada de tão memorável, inclusive nota 10 a produção pela sensibilidade de reunir um conjunto de carências tão absurdamente comuns e humanas, que estabelece um elo, ficando impossível não se aproximar da personagem.

Alguns paradigmas são rompidos analisando pelas entrelinhas. Não existe a figura de um herói e tão pouco são exibidos rompantes de compreensão no sentido da vida ou sofrimentos acentuados. É meramente destrinchada sua própria vida, eternizando medos e fantasmas. Pela primeira vez, ela é a sua única prioridade.Produzido pela El Deseo, o título foi dirigido por Isabel Coixet, profissional oriunda do mercado publicitário, que se destacou pelo equilíbrio e sinceridade. O elenco foi selecionado durante um processo criterioso, condizendo com o resultado totalmente convincente. Sarah Polley é pura sutileza e revela um fascinante talento, Speedman interpreta um marido leal e devotado, já Amanda Plummer faz um ótimo trabalho como uma colega de Ann metida em diversas facetas, enquanto Mark Ruffalo está em um de seus melhores momentos como o novo amor que a protagonista conhece numa lavanderia.

Juro solenemente que não vou esquecer meus mortos por tanto tempo, fico feliz de ter retomado o Cemitério abordando uma produção desse quilate, exibindo uma condição conflitante e deveras interessante. Peço por fim, que não pensem que “Minha vida sem mim”, aborta totalmente a vertente dos dramalhões, pois se trata de um filme amargo, duro, diria até que essencialmente triste. Uma história que sem se utilizar de apelos é surpreendentemente capaz de comover qualquer um, instigando meditações sobre a jornada da vida, seu fim, a questão do tempo restante. Ann nos ensina que a vida só vale a pena se for possível realizar seus anseios, pondo em prática, um repertório definido como aprendizado, afinal nada é mais gratificante que presenciar o seu próprio crescimento, essa dádiva foi o último ensinamento da protagonista: por todo o sempre, mesmo que esse sempre dure dois meses, alguns anos ou décadas.

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