Essas foram Loucas e Longas horas... O bate papo se sucedia dentro do carro, sobre um temporal de incertezas em forma da chuva que caia sem cessar. Pessoalmente, ainda lhe parecia suficientemente bela e convencido disso restolhava o melhor caminho para alcançar a sua essência. Ficava a admirar a lua que intensificava o brilho do seu olhar, desconhecida energia que emana, como uma fagulha tão puramente só, uma profusão descomunal, projeção de relativa incapacidade que permeia, sempre centrado ao oblíquo sobremodo da razão.
Não sabia por quantos inúmeros instantes, contou até dez para principiar o ataque a fortaleza escabiosa que imaginariamente se formava diante deles. Faltava-lhe coragem para finalmente lhe afagar os cabelos, ou até adotar um estratagema mais ousado, como quem sabe a avidez do primeiro beijo que insistia em não advir.
A lapidar cada milésimo de segundo do tempo, mil ideias para romper a razão e adentrar no proibitivo campo do seu íntimo. Ele intentava tudo mesmo cercado pela completa invalidez. Naquele obstante desejo, cercado pela insensatez de uma impendente derrota, não proferiu aqueles versos de amor que um dia a conquistou. Quando o melhor da prosa se perpetrava, à hora de partir chegou. Nesse instante, apenas algumas gotas caiam do céu, e assim se foram, tendo ele de saborear toda dor em forma do amargo gosto da derrota.
Ao fim, apenas se recolheu ao nada, aquele mesmo brandamente soturno abismo sem fim, precisão de loucura na exação de sentimentalismo barato. Ele sabia que, sua dor era meramente fruto da inópia paralelamente ambígua. Mas, uma esperança permeava seu âmago, um novo encontro estaria talvez fadado a acontecer?
PS: Talvez continue...