10 de outubro de 2009

ELE e ELA

A expectativa do primeiro encontro...

Essas foram Loucas e Longas horas... O bate papo se sucedia dentro do carro, sobre um temporal de incertezas em forma da chuva que caia sem cessar. Pessoalmente, ainda lhe parecia suficientemente bela e convencido disso restolhava o melhor caminho para alcançar a sua essência. Ficava a admirar a lua que intensificava o brilho do seu olhar, desconhecida energia que emana, como uma fagulha tão puramente só, uma profusão descomunal, projeção de relativa incapacidade que permeia, sempre centrado ao oblíquo sobremodo da razão.

Não sabia por quantos inúmeros instantes, contou até dez para principiar o ataque a fortaleza escabiosa que imaginariamente se formava diante deles. Faltava-lhe coragem para finalmente lhe afagar os cabelos, ou até adotar um estratagema mais ousado, como quem sabe a avidez do primeiro beijo que insistia em não advir.

A lapidar cada milésimo de segundo do tempo, mil ideias para romper a razão e adentrar no proibitivo campo do seu íntimo. Ele intentava tudo mesmo cercado pela completa invalidez. Naquele obstante desejo, cercado pela insensatez de uma impendente derrota, não proferiu aqueles versos de amor que um dia a conquistou. Quando o melhor da prosa se perpetrava, à hora de partir chegou. Nesse instante, apenas algumas gotas caiam do céu, e assim se foram, tendo ele de saborear toda dor em forma do amargo gosto da derrota.

Ao fim, apenas se recolheu ao nada, aquele mesmo brandamente soturno abismo sem fim, precisão de loucura na exação de sentimentalismo barato. Ele sabia que, sua dor era meramente fruto da inópia paralelamente ambígua. Mas, uma esperança permeava seu âmago, um novo encontro estaria talvez fadado a acontecer?

PS: Talvez continue...

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9 de outubro de 2009

Artista cria esculturas com balões

A princípio era apenas um artista de rua, esbanjando certo talento. Quem o visse nem poderia supor que exercia essa atividade durante todos aqueles anos, com o simples propósito de poder arrecadar dinheiro para pagar a faculdade de Artes Plásticas. Quando concluiu o curso, a experiência anterior acabou não sendo em vão, pois o americano Jason Hackenwerth decidiu juntar as duas habilidades e hoje vive de criar esculturas, só que com balões.

As criações de Hackenwerth são expostas em galerias ou – para não abandonar suas origens -, mostradas nas ruas de cidades de todo o mundo. Hackenwerth chega a gastar anualmente um valor superior (cerca de R$ 17 mil) para a compra de balões. Parece loucura, certo? A ironia é que consegue vender cada escultura por até US$ 6,3 mil (aproximadamente R$ 11,2 mil).

O processo de produção é mais ou menos o seguinte. Com a ajuda de uma máquina especial, o próprio Hackenwerth, de 38 anos, é quem infla todos os balões – em algumas oportunidades milhares deles - e montar suas esculturas, dentro de um minucioso trabalho que pode chegar a durar três dias.

Ele conta que aprendeu o ofício de dobrar e manipular os balões com sua mãe, que conhecia um pouco de arte circense, atuando como palhaça.

"Minhas esculturas se inspiram na espiritualidade e na sexualidade dos animais e plantas", afirma ele em seu site.

Após as performances ou exibições, as esculturas simplesmente murcham.

"Diria que é uma grande metáfora das nossas próprias vidas, uma combinação perfeita de tristeza e alegria", conclui.

Agora é só apreciar:




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Conceitos populares

Essa eu vi no blog Gazzeta Insana. Trata-se da reunião de alguns ditos populares, alguns deles, deveras engraçado até!

Confiram...

1. “Se só Deus salva. Para que existe o Memory Card.”

2. “Reforma ortográfica: Jamais trema em cima da linguiça.

3. “Quem da aos pobres... Paga a conta do motel.”

4. “Sexo é igual a truco. Se você não tem um bom parceiro, sempre vai depender da sua mão.”

5. “O homem castrado nunca ta com a bola toda”

6. “Antes eu era feio. Agora eu tenho carro.”

7. “Ex namorado é igual à roupa antiga. Você olha as fotos velhas e pensa: como eu tive coragem em sair com aquilo.”

8. “Passado de mulher é igual à cozinha de restaurante. Se você conhecer não vai querer comer.”

9. “Pobre só enche a barriga quando morre afogado.”

10. “Se ferradura desse sorte, o burro não puxava carroça.”

11. “Segredo entre três, só matando dois.”

12. “Quem gosta de mulher feia é salão de beleza.”

13. “Se tamanho fosse documento o elefante era dono do circo.”

14. “Se casamento fosse bom não precisava testemunha.”

15. “A mata é virgem porque o vento é fresco.”

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8 de outubro de 2009

E esse tempo não para?

“Tempo, tempo, tempo, tempo...” Sempre que escuto Caetano Veloso a proferir essa repetição de palavras na canção “Oração do Tempo”, logo me remeto a pensar, “Dios” nunca criaria algo tão medonho para desvairar o universo, com base em todas essas moderníssimas concepções temporâneas. Mas, o que seria o tempo afinal, uma esfera aparentemente proposta, a percepção indubitavelmente abstrata de incertezas, interagindo com os povos e que enlouquece as pessoas? Certo apenas que não existe fixamente. Seria mais um artefato no aspecto imaginário. Em um conceito básico, o tempo nada mais é que somente uma medida de dispersão criada para dominar (aturdindo) a rotina das pessoas.

No entanto, esse demônio chamado tempo existe mesmo? No ato do ávido questionamento, é impossível nunca recorrer ao campo filosófico, não necessariamente aquele: PENSO e logo existo! Não basta discorrer sobre o nada para imediatamente concluir que o mesmo é real. Einstein, por exemplo, articulava que o tempo era a quarta dimensão. Nessa leva existe uma variada série de apreciações envolta do tema, reunidas em um conjunto de eventos que se baseiam em diferentes perspectivas. A começar pelo discernimento científico, até chegar ao "tempo" como cunho de criação humana, no intuito de organizar a vida e administrar bem todas as suas atividades.

É relevante salientar na interação com as teorias: o tempo só existe onde há matéria – aparentemente em todo lugar, correto? A relação desta matéria com o seu deslocamento no espaço é justamente, o tempo! Por essa razão, muitos estudiosos afirmam que ele é maleável, porque se o deslocamento dessa matéria for tomando proporções gradativas, o espaço de seu total percurso tende a crescer, aumentando assim instintivamente o caminho de seu trajeto... Nossa!

As especulações até parecem simplórias e por um momento, fruto do mero desengano. Não se percebe o quão é dotada de boa dose de complexidade atemporal. Então SeNTia qUe La VeM a EsToRRRia, porque todo esse, blá blá blá, tinha de refletir até nas coisas de casal. Lembro que fui expectador de um diálogo dessa espécie, durante aquilo que deveria ser um momento de diversão a dois, em forma da disputa de uma partida de Ping-pong. Jorge e Monica foram os ambíguos personagens, ambos mal sabiam que as ações do tempo podem – literalmente – devastar o bom andamento de uma relação, RS! Foi mais ou menos assim...

- Poxa Jorge, estamos perdendo tempo! Saque de uma vez!

- Isso é ridículo! Qual a fórmula para se perder algo que não existe?

- Está surtando Jorge, tempo não existir? Desde quando isso?

- Não há resposta. Sem o tempo não existe "quando".

- Ouviu essa mãe? Mais uma teoria maluca do Jorge!

- Defina o tempo exato agora. Viu? Não dá! Enquanto você define o futuro vira passado, portanto não tem presente, e o tempo simplesmente meu amor, não existe


Pena que o debate não terminou bem. Indignada com o andamento da prosa, a jovem operou saque violento, a força foi tamanha que bola e raquete sumiram, era impossível saber onde foram parar. Acho que no fim o casal terminou bem, afinal não há nada, que esse tal tempo não cure, será?

- Está vendo, eu estava certo. Agora assim como o tempo, a bola e sua raquete também não existem...

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7 de outubro de 2009

Einstein e a Teoria do Amor

“A energia de uma configuração nuclear é dada pelo valor de expectativa do núcleo hamiltoniano com um número N de nêutrons e P de prótons. A fusão ocorrerá se a energia de fusão for menor do que a energia dos dois núcleos. Nossa tarefa é verificar se a dinâmica ditada pela interação...”. Antes de prosseguir, vejo-me obrigado a fazer um óbvio questionamento, alguém aqui está entendendo alguma coisa? Confesso que logo quando me deparei com esse conceito, também fiquei desnorteado. Relaxem, não teremos de desvendar os caminhos desse labirinto e menos ainda, apelar para os físicos aqui de plantão sepultados no Cemitério. Mas do que se trata afinal?

Essa é uma passagem do filme I.Q., (1994), que dirigido por Fred Schepisi no Brasil foi traduzido como “A Teoria do Amor”. Lembro bem quando há alguns anos, deparei-me com esse exato trecho do título, era uma madrugada qualquer, exibido em uma dessas seções de filme da Rede Globo como religiosamente se sucede durante todas as madrugadas. Embora tenha pegado o “bonde andando”, a produção até pareceu interessante. Não assisti o início e também acabei dormindo antes do último ato.

Para minha alegria, graças a uma coisa chamada INTERNET, consegui achar a tal película e encerrar o ciclo. E não adianta dizer, AHHHH, como de costume vou sim compartilhá-lo com todos vocês.

A história por si só é intrigante. Uma brilhante aluna da Universidade de Princeton está muito perto de se casar com um conceituado professor. No entanto, seu tio – PASMEM! – ninguém menos que o famoso Albert Einstein, não vê com bons olhos essa iminente união. Agora inicia o conflito, antes uma rápida ponderação, peço que se levante da tumba quem não conhece o gênio Einstein, como um exímio científico. Entretanto, desafio qualquer um que tenha ouvido falar ou meramente imaginado a figura de Einstein com preceitos digamos mais, casamenteiros!

Incorporando o famoso físico, o saudoso Walter Matthau, no brilhantismo de um de seus últimos grandes desempenhos, assumi bem a ingrata missão de precisar resolver um acaso familiar, baseado em induzir sua espirituosa sobrinha Catherine, vivida por ninguém menos que Meg Ryan, a se afastar de seu gorducho noivo inglês e cair nos braços de seu par perfeito, o voluntarioso mecânico Ed, brilhantemente interpretado por Tim Robbins.

Os fatores que impulsionaram esses até então estranhos dotes em Einstein... Foram simplesmente por acreditar que sua sobrinha seria mais feliz ao lado de Ed – o mecânico se apaixonou pela moça quando o procurou para resolver um problema no carro -, e principalmente baseado na certeza que ela possuía suficiente pendor para dar uma contribuição à sociedade muito maior do que se casar e ter vários filhos. Einstein decide então atuar como uma espécie de cúpido, no sentido literal e não se enganem porque o desafio está longe de ser dos mais fáceis. O cientista terá de desenvolver métodos, com direito a intensa queima de neurônios para transformar o rapaz simplório em um brilhante e imponente gentleman.

O filme é ambientado nos anos 50. Na proposta de uma película que superou os seus 15 anos de produção, denota envolto de perspectivas fílmicas diferentes dos conceitos modernos em comédia romântica. A narrativa, em certos momentos, beira uma lentidão exacerbada e gradativamente seu ritmo é retomado, gerando uma perfeita e surpreendente amostra de capacidade em transportar o espectador para o interior do objeto proposto.

O experimento é ousado, inserindo a cada cenário com precisão, elementos teóricos, exibindo comprometimento com a veracidade, na vazão constante ao sucesso de Einstein. O filme se destrincha dentro de uma surpreendente abordagem, lendas teóricas, causos populares, religião e até as lendas da vida. Tudo devidamente condensado e fielmente distribuído no enredo e o plano de fundo que garante essa junção perfeita, claro, é a comédia aliada a uma boa dose de veia romântica. Talvez aquilo que era para ser uma grande brincadeira inventiva, acabou retratando até com certa exatidão uma sociedade ansiosa por informações, onde as perguntas guiavam a sociedade muito mais do que propriamente as respostas. E até com capacidade de discernir a personalidade do físico, a caracterização não deve ser concebida ao pé da letra, o desafio é identificar o fio de veracidade, formando uma própria opinião.

Durante as cenas, um misto de questionamentos interessantes, postulado dentro de um suntuoso universo onde tudo pode ocorrer por mero acaso incidental. Por isso está intrinsecamente contido alto grau de complexidade, indagações que se não respondidas, interagem de modo perfeito a um campo poético muito bem adequado, uma perspectiva de amor impossível, cercado por dor e nostalgia impendente.

Outro atrativo é o modo como o título, mesmo que ficcional, propõe-se a desvendar um lado mais humano entre tantos atributos de Einstein. Isso fica bem evidenciado nos estudos teóricos, que faz contraste direto ao drama da vida, centrado a toda maravilhosa experiência de se viver. É exibida uma figura do físico perdido entre os seus preceitos, procurando redescobrir o real valor de todas as suas teorias em meio à própria razão que o assola, inclusive o mesmo chega a admitir que todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos não se faz realmente útil para a vida.

Por fim, uma mostra de que conjeturas distintas, uma vez unidas, podem resultar em uma única proposição. A narrativa é até simplória, a qualidade do conjunto da obra não está contida no jogo de cena e muito menos em seu desfecho final, mas sim nos elementos que diretamente os englobam, que seriam as entrelinhas aportadas, a exemplo da atração à distância, que ocorre insistentemente entre os protagonistas. Porque em I.Q., simplesmente a maior descoberta de Albert Einstein, foi a teoria do amor.

Nesse vídeo um pouco o universo do filme:

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6 de outubro de 2009

Hilary Mantel conquista o Booker Prize

Até que poderia começar o texto com um longo “Quem diria aescritora...”, mas a verdade é que todos estão cansados de saber, que a candidata favorita dos editores era a britânica Hilary Mantel e isso se confirmou com a conquista o cobiçado Man Booker Prize nesta terça-feira pelo romance histórico "Wolf Hall", superando seu principal concorrente por três votos a dois na fase final de votação.

O relato de 650 páginas da vida de Thomas Cromwell recebeu grande parte do apoio dos apostadores, embora os organizadores tenham dito que a última vez em que a escolha do júri coincidiu com a destes últimos foi em 2002 com o livro "A vida de Pi", de Yann Martel. Mantel, 57, receberá um cheque de 50 mil libras e pode esperar um aumento significativo nas vendas de "Wolf Hall" e de seus outros livros após a onda de publicidade dos próximos dias.

Também concorrendo ao prêmio, o sul-africano e Prêmio Nobel J.M. Coetzee esperava se tornar o primeiro autor a ser agraciado com o Booker pela terceira vez. Outro ex-ganhador na lista deste ano foi A.S. Byatt, cujo romance "Possessão" triunfou em 1990.

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5 de outubro de 2009

Thati


Thati

A sua luz me atrai
Vejo em seu rosto um véu que cai
Em meio à nudez deste momento
Descubro que ainda sou capaz...
De sentir e seguir
A voz do coração
Saber por onde ir
Venha logo e me dê sua mão
Você é como uma ilha
Perdida e sem conexão
É como um “continente”
Que vêm em nossa direção
Você veio para me ajudar
A sair da solidão
O desafio é te fazer acreditar
E me dar sua mão
Há muito mais
Rolando atrás
Do que se pode ver
A intensão
Existe e vem
De encontro ao coração

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