8 de junho de 2009

Réquiem Mortal

Réquiem da Morte

A morte chega !...
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar.
Não escolhe o dia , nem a hora
Vem rápido ou de mansinho
Arranca do convívio , leva embora !...


Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Não prefere os ricos
Aos desvalidos
Não prefere os entendidos
Aos não sabidos.

Nas esteiras das águas flutuantes,
Hei de buscar, no primeiro ancoradouro,
Não prefere os opressores
Aos oprimidos .
Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho.
Nessa hora , todo mundo é igual
Não há os preferidos

Antegozando a ensangüentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!
Como porções de carne morta ... Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com este assomo
Quero respirar, no último momento,
A esperança diluindo-se em espumas,
Barreiras se rompem , distâncias se aproximam
Aqui não há favorecidos !.....



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