13 de junho de 2009

O Prologo da Loucura

É impossível descrever com palavras exatas o começo de tudo. Não vejo uma forma capaz de expressar a nossa relação e minha redenção ao seu amor. Ainda mais justificar estar aqui comendo na sua cama, observando os movimentos do mundo pela janela, para ser mais preciso, admirando pelas portas do seu coração.

Inclusive nessa hora me deparo com nosso primeiro conflito. Não consigo explicar sua distância, em apenas uma semana de romance. Cheguei a passar dias no seu quarto, completamente sem roupa e me aquecendo entre os seus braços. Conversamos por várias horas sentados no chão do box, a cada minuto sentia mais vontade de devorá-la em baixo d’água. Será possível enfrentar os labirintos desse amor, cercado por insegurança e verdades demais? Com as chamas desse sentimento quero que sinta dor, sugar todo o seu sangue e ser seu credor, nos dias e horas mais impróprias.

Tirar férias do universo, alimentando-me do seu corpo. Como é doentio viver às suas custas. De onde vem essa saudade então? Sou capaz de copiar os traços de tudo que não aconteceu. Quem sabe até em algum outro lugar, supostamente muito melhor do que aqui. Nas cenas milhares de cores que escolhi, entre tintas que até inventei. Mas só posso enxergar em preto e branco, tantas e tantas coisas coloridas, em meio a essa vida que tentaram me dar. Meu destino é composto por frases escritas, entre elas algumas palavras esquecidas, confesso até minha incapacidade de lembrar.

Tudo está errado, mas até parece certo, as tantas promessas que nunca fizemos. Daí, trabalhei você, forjando-lhe de luz e sombras, que refletem tudo que vejo, sendo até difícil se nivelar. Era sempre, sempre o mesmo novamente. Semelhante a toda e qualquer traição. Afogadas em lágrimas que não brindaram com você. Mesmo preso à dor da infância e perdido nos corredores da liberdade. A agonia deve passar, logo você estará de volta! Devo preparar-me para sua chegada, primeiro enfeitando as paredes com os quadros que pintou, as flores que escolhi, perfumam agora a seda que cobre o antro do nosso pecado.

Ou talvez, seria mais fácil entender por que eu finjo? Acreditando constantemente nas mentiras que invento? Até nas trevas posso saber que nada disso aconteceu, ao menos nunca foi desse jeito. De qualquer forma ninguém sofreu e só você é capaz de despertar uma saudade tão vazia. Enquanto tento pintar o mundo com o nome desse nosso “amor perfeito”, peço apenas que não se esqueça de mim.


CONTINUA...

11 Coveiros:

Lara Veiga disse...

muito bem escrito viu, adorei

Raul disse...

Muito foda

Anônimo disse...

ótimo texto, faz com que reflitamos sobre muitas coisas...

Dayane Pereira disse...

Bonito texto. Parabéns.

Zone Core disse...

Gostei do texto hein. Muito bem feito!!!

Nunca esquecerei!

nikki disse...

muito lindo o texto, cheio de sentimentos e as fotos completaram o texto!

http://voltoem5minutos.blogspot.com/

Pâm Cristina LF* disse...

Gostei do blog!
O topo ficou da hora!

bjão

Claudio Henrique disse...

muito bom o texto
d +

Unknown disse...

muito bom o texto parabens...gostei do blog

Anônimo disse...

Um belo texto poético.
E uma bela forma de se expressar.
Parabéns.

Unknown disse...

LINDO!

Postar um comentário

________________________________________________________
Obrigado por visitar o nosso Cemitério...
Volte logo, haverá sempre uma tumba bem quente disponível para você...
________________________________________________________