Em toda atividade profissional tem sempre aquelas historrinhas, aquele tipo de parábola fabulosa criada meio que para expressar as características ou mesmo a importância daquela profissão e no jornalismo não haveria de ser diferente, basta ver pela história do “remordimento” entre homem e cachorro, estranho em?
Ser atacado por um cão, além de desagradável para a vítima - os carteiros que vos digam - pode ser alvo para notícia e mais do que isso, chega ao ponto de se transformar em estudo na formação jornalística de um estudante. Esse é o velho e já conhecido ditado: “Se um cachorro morde o homem não é notícia. Notícia é quando um homem morde o cachorro”. Um indivíduo atacar um canino, certamente, é um fato que foge do estereótipo humano. Uma ótima deixa para o jornalismo que trata, em sua essência natural, de acontecimentos ligados a cunho coletivo, de interesse social. Por mais estranho e curioso que se possa ser, os bastidores dessa mordedura entre homem e animal, é importante salientar que tudo se resume a um fato isolado.
Seguindo essa temática, é óbvio que se torna mais fácil – e importante - abordar os motivos que levaram um sujeito a morder um canino, já que ao contrário não se pode extrair nenhuma informação do animal. Apenas se poderia remontar o cenário, usando dos recursos da descrição, baseada na visão da vítima - o homem - ou de algum transeunte qualquer.
Mesmo assim, para toda regra deve existir uma ou várias exceções. Vamos imaginar um conhecido político, que por sua vez detem um cargo público. Caso esse venha a sofrer uma mordida por parte de um cachorro qualquer, e não conseguir encobrir o caso da imprensa, o fato seria de maior interesse popular (mesmo tendo ligação ao jornalismo anedótico). No dia seguinte, o ocorrido será comentado pela massa social. Alguns vão atestar em defesa do político, exigindo talvez, até o sacrifício do animal, na alegação dele representar aparente perigo a comunidade. Enquanto isso, para os opositores, o fato pode servir como motivo para se fazer chacota contra o político. Não vai ser difícil coletarmos declarações do gênero “A popularidade dele anda tão em baixa que nem a cachorrada consegue agradar”.
No fim, constamos que ambas situações podem vir a ser notícia, ficando a mercê, lógico, do enredo e suas personagens. Só acrescentando a supremacia de um dia acompanharmos um “famoso” ou mesmo um político, pego em flagrante, mordendo um cachorro. Caso algum dia o caso proceda, por que não acreditar em passarinho verde ou elefante cor de rosa? Afinal ambos podem vir, algum dia a se tornar notícia.
5 Coveiros:
Adoreoi, muito divertido
legal
voce escreve bem meu bom.
muito bom mesmo.
esta inversão de expectatica sempre acho interessante em todo texto...
abraço
se quiser apareça
Nunca crio expectativas :/
*:
Interessante pensar esse contexto de quando um homem morde um cachorro é que vira notícia. Coisas presentes no nosso dia a dia que não nos damos conta. Legal!!!
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