2 de julho de 2009

A Dança

Vou logo confessando o óbvio, basta se por lê-la para saber que esse poema não é de minha autoria, tamanha diferenciação poética que apresenta na perspectiva de minhas infundadas produções. A obra tem até algumas passagens interessantes, só não dou os devidos créditos ao autor por não saber de quem se trata, encontrei por acaso aqui no meu computador.

A Dança

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

3 Coveiros:

Lara Veiga disse...

Prefiro seus poemas

Rafa Flori disse...

Prefiro seus poemas II

raul disse...

Mas vcs em? São puxa saco desse mané em?

Tudo bem vou dar uma força

REafinha todo mundo preferiria

Postar um comentário

________________________________________________________
Obrigado por visitar o nosso Cemitério...
Volte logo, haverá sempre uma tumba bem quente disponível para você...
________________________________________________________