30 de junho de 2009

Canto

Canto

Certo canto vem explodindo no meu peito
Um instante, um momento, e um único e só lamento
A regozijar um grito sorri cito esvairando do nada.
Passado o mar, passado o mundo, em longes praias,
De alga areia e tênues vagas, como esta
Em que haverá de nossos passos a memória
Há um nada expressando o tudo a todo tempo
E em que sobre as muralhas quanta sombra


Há música no vento que sopra pelo ar
Melodia, harmonia e pensamento cantante
Instrumento dedilhado em cordas sedentas

Também aqui relembro as ruas tenebrosas,
Os vultos em sobras percorridas, trevas lado a lado,
Numa nudez sem espírito, confiança
Tranqüila e áspera, animal e tácita,
Já menos que amizade, mas diversa

Vida vivida em verso e prosa
Conto de fadas análogo
Vida anelídea a expressão gritante
Também aqui, sorrindo em branda mágoa,
Desfiamos, sem palavras castamente cruas,
Não já sequer os íntimos segredos
Vivas letras expressando vida
Notas, tons e sons

1 Coveiros:

Lara Veiga disse...

Ótimo texto, amei garotão

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