22 de novembro de 2009

ERUDIÇÃO SANGRENTA



Erudição Sangrenta

Não foi por engano que eu amei a vida,
este anel no meu dedo reluzindo,
cartas que os amigos não me responderam.
Mas a solidão, esta sim,
esta sim...

Esta sim (a solidão)
engraxou minhas saudades,
esta sim penteou o meu espelho,
estação necessária, cárie obturada.

Esta sim, querendo ou não,
perfilou minha coluna,
esta sim educou a minha língua,
extraiu meu tormento tão monótono.

Não foi por acaso que eu amei a morte,
este dedo apontando o meu destino,
armas todas do mundo explodindo no meu cérebro.
Mas o único amigo, este sim,
este sim...

Este sim (o único amigo)
pagou o preço da minha fome,
este sim assustou-me por ser tão sincero,
erudição sangrenta, vento analisado.

Este sim, a pé ou de avião,
levou-me de mim mesmo,
este sim corrigiu minha loucura
instalando uma outra, mais insana.



9 Coveiros:

Publicidade Esportiva disse...

OPA...

GOSTEI DO JOGO DE PALAVRA.. BELO TEXTO.. EXCELENTE REDAÇÃO COMO SEMPRE....

ABRAÇOSSSSSS

Rafa Flori disse...

Bem pesada, um tanto morbida, belissim jogo de palavras!

lara veiga disse...

nossa rafaaaaa

Anônimo disse...

Influências ultraromanticas???

Ficou mto bom


Visita ae qq hora:

http://catalepsiaprodutiva.blogspot.com/


Aquele abraço

Humberto Camargo disse...

Belo texto, bastante denso.
Gostei.

Guilherme Bayara disse...

Pesadissimo.
Um jogo de palavras belissimo

Anônimo disse...

excelente poema meu garoto

Anônimo disse...

Muito forte e intenso

Annie disse...

Rapaz muito pesao, realmente gostei!

Postar um comentário

________________________________________________________
Obrigado por visitar o nosso Cemitério...
Volte logo, haverá sempre uma tumba bem quente disponível para você...
________________________________________________________