19 de maio de 2009

Carandiru: A comunidade desconhecida no Brasil

Na última noite (18/05) estive revendo “Carandiru”, esse importante ícone do cinema e que com certeza será um forte candidato a receber o título de clássico entre as recentes produções nacionais. Primeiro o relacionando a “Cidade de Deus”, embora sejam duas produções de gênero e temática parecidos, ambos foram construídos numa ótica pouco semelhante.

O primeiro retrata a violência da favela, mas exibindo em sua narrativa, maravilhas encontradas somente no local. Enquanto “Carandiru”, mais do que retrata, prima pelo esclarecimento dos mistérios que rondam um presídio. Devido a uma carência da sociedade em conhecimento quanto à rotina vivida no local, rotina essa que é ainda muito comenta, mas que comprovada a veracidade pouco se sabe ao certo. Nasce assim “Carandiru”, uma proposta em narrar à vida dos detentos no maior presídio da América Latina.
Baseado no livro “Estação Carandiru”, de Drauzio Verella, a produção é dirigida pelo cineasta Hector Babenco, tendo seu roteiro escrito pelo mesmo, em parceria com Victor Navas e Fernando Bonassi. O fio tênue decorre sob o ponto de vista de um médico, que ao longo de doze anos, visita semanalmente a Casa de Detenção, contendo a epidemia de AIDS - no presídio -, e incentivando a autopreservação. A produção segue com muitas histórias, centradas no exercício de suas funções médicas, um relato cansativo que chega a ocupar metade do filme, driblando o contratempo, é mantido um direcionamento, proporcionando sempre elegia a liberdade, como mostra a cena do balão, protagonizada pela personagem incorporada pelo ator Milton Gonçalves.

E assim, o longa metragem abre espaço para a “diversão”. Com nosso país protagonizado por toda sua corja de bandidos, assassinos, estupradores, covardes e ladrões. Cada personagem delimita o perfil de vários grupos de detentos que integraram toda aquela comunidade. Desvalidos, incapazes de ver “a luz no fim do túnel”, luz essa que talvez já não exista mais. Há, também, aqueles condenados que reconhecem o perigo, de no dia seguinte, não poderem se fazer presentes, para contar sua história. A sombra da morte está intrínseca, e o perseguem a todo tempo.

No fim, a convivência explícita em “Carandiru”, transparece que na comunidade ninguém está contente, ali já não há culpados, tão pouco inocentes. Existem seres humanos, que provavelmente nunca tiveram chance de imprimir seus pensamentos, direcionados à sociedade hipócrita que os cercam. Uma detenção onde não se vive para acreditar em “Deus”, mas sim nele acreditam, na esperança frustradas de poder viver.

6 Coveiros:

Anônimo disse...

Muito bom!

IBANEZ disse...

Mais um filme q soh mostra a desgraça do Brasil.quando não são favelas..é o interior...a seca....a fome..quando não é isso..é a prisão..ou a policia corrupta ! eheh

realmente o Brasil é uma fonte de insipiração pra qualque cineasta !^^ ehehhe

http://deposito66.blogspot.com/

Anônimo disse...

Carandiru é foda

Anônimo disse...

Eai Tudo Blz Quer Fazer Parceria Com Meu Blog Da Uma Olhada La Vlw


http://umpoucodetudoaki.blogspot.com/

Mara disse...

Belo livro de Drauzio Varela e o filme também é ótimo.
Produções Brasileiras cada vez melhores, assim como no mercado financeiro.

Bruno Alves disse...

Carandiru foi de grande sucesso não só no Brasil como no exterior
Porem o Brasil atraca muito em temas polemicos e criando uma imagem pior ainda do que já passa deveriam criar mais filmes imaginario que fale de amor e familia ,não da desgraça e instabilidade do governo brasileiro

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