No conto A Cartomante, Machado de Assis – para variar –, mais uma vez brinca com o leitor nas estrelinhas, fazendo-o se deparar com sua visão pessimista do mundo, imprimindo e principalmente demonstrando, talvez, certa decepção pela vida com as pessoas que habitam nela, sempre derrogando qualquer estimativa de um final feliz. Durante o texto, um passeio por atmosferas psicológicas que desencadeiam em contradições humanas, dentro de uma habilidade incomum de criação de figuras dramáticas imprevisíveis, capaz de aliar na dose exata, a mistura de elementos como naturalidade e malícia, além de lisura e simulação.
O texto pode ser definido como um discernimento hilário a cerca das conjunturas humanas, focado na relação que desencadeia entre suas personagens e seu padrão comportamental. Dá vazão a uma locução caracterizada pela sobriedade, comprometida com minuciosos detalhes para atingir a condição de análise densa com o psicológico socialmente humano.
A cada linha do título, originalmente publicado pela Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, em 1884 - posteriormente incluído no livro “Várias Histórias e em Contos: Uma Antologia” -, é conferida a exacerbação do elemento narrativo, estabelecendo a perfeita interatuação entre o leitor e a oralidade da linguagem. A trama é abarrotada por “diálogos” que o narrador, frenquentemente, estabelece com o leitor.
A cartomante inicia com citação a um autor clássico – ninguém menos que Shakespeare –, e por meio da intertextualidade, com que o leitor logo se depara, é possível imaginar que ainda muito mais está por vir. A despeito da dimensão do conto, cinco páginas, são cabíveis de atilamento quanto à mesquinhez somada à precariedade dasorte humana.
O escrito é representativo da segunda fase do escritor, que renunciou ao Romantismo para enveredar por outro caminho, o Realismo. Os textos, dessa fase do autor, caracterizam-se pelo poder de introspecção, pelo humor sórdido e, sobretudo, pelo pessimismo, que se tornou típico em relação à essência do homem e seu relacionamento direto com o mundo. E a Cartomante é uma boa exemplificação, pois na trama, Rita, Camilo e Vilela, envolvem-se num triângulo amoroso, trágico! Traição, adultério e paixão, mais que elementos, são características que permeiam a narrativa.
Os principais contos machadianos são O Alienista, A Cartomante, Missa do Galo, A Causa Secreta, O Espelho, A Casa da Vara, Uns Braços.
O Perfil
É passível observar, A Cartomante forma um específico texto que mistura um punhado de particularidades acentuadas na pragmática machadiana. Primeiro pelo emprego adequado de metáforas, constantes no conto, também pela imprevisibilidade, no quesito comportamento das personagens e claro, pelo denodo filosófico, além da ambiguidade que cerca a obra.
Machado de Assis se aproveita da intertextualidade literária e o recurso narrativo onisciente para dinamizar o relato da história, acentuando os momentos dramáticos do texto. O recurso além de enriquecer, em termos de conteúdo, mostra-se capaz de elevar e prorrogar o mistério da contextura, mantendo o leitor atento no âmbito do desenrolar da história.
Todos esses elementos servem como ingredientes, misturados em um imenso caldeirão e na ausência deles, o texto não resultaria nesse experimento dinâmico, e seu epílogo não teria a mesma ênfase. Apenas olhando a história, é fácil presumir seu desfecho. Daí entra em cena o mito machadiano, a partir de seu apurado trabalho com a linguagem, somado aospretextos machadianos, fazem com que a trama siga o seu próprio eixo gramatical sem que o leitor perceba diretamente a inserção do fenômeno literário.
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O texto pode ser definido como um discernimento hilário a cerca das conjunturas humanas, focado na relação que desencadeia entre suas personagens e seu padrão comportamental. Dá vazão a uma locução caracterizada pela sobriedade, comprometida com minuciosos detalhes para atingir a condição de análise densa com o psicológico socialmente humano.
A cada linha do título, originalmente publicado pela Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, em 1884 - posteriormente incluído no livro “Várias Histórias e em Contos: Uma Antologia” -, é conferida a exacerbação do elemento narrativo, estabelecendo a perfeita interatuação entre o leitor e a oralidade da linguagem. A trama é abarrotada por “diálogos” que o narrador, frenquentemente, estabelece com o leitor.
A cartomante inicia com citação a um autor clássico – ninguém menos que Shakespeare –, e por meio da intertextualidade, com que o leitor logo se depara, é possível imaginar que ainda muito mais está por vir. A despeito da dimensão do conto, cinco páginas, são cabíveis de atilamento quanto à mesquinhez somada à precariedade da
O escrito é representativo da segunda fase do escritor, que renunciou ao Romantismo para enveredar por outro caminho, o Realismo. Os textos, dessa fase do autor, caracterizam-se pelo poder de introspecção, pelo humor sórdido e, sobretudo, pelo pessimismo, que se tornou típico em relação à essência do homem e seu relacionamento direto com o mundo. E a Cartomante é uma boa exemplificação, pois na trama, Rita, Camilo e Vilela, envolvem-se num triângulo amoroso, trágico! Traição, adultério e paixão, mais que elementos, são características que permeiam a narrativa.
Os principais contos machadianos são O Alienista, A Cartomante, Missa do Galo, A Causa Secreta, O Espelho, A Casa da Vara, Uns Braços.
O Perfil
É passível observar, A Cartomante forma um específico texto que mistura um punhado de particularidades acentuadas na pragmática machadiana. Primeiro pelo emprego adequado de metáforas, constantes no conto, também pela imprevisibilidade, no quesito comportamento das personagens e claro, pelo denodo filosófico, além da ambiguidade que cerca a obra.
Machado de Assis se aproveita da intertextualidade literária e o recurso narrativo onisciente para dinamizar o relato da história, acentuando os momentos dramáticos do texto. O recurso além de enriquecer, em termos de conteúdo, mostra-se capaz de elevar e prorrogar o mistério da contextura, mantendo o leitor atento no âmbito do desenrolar da história.
Todos esses elementos servem como ingredientes, misturados em um imenso caldeirão e na ausência deles, o texto não resultaria nesse experimento dinâmico, e seu epílogo não teria a mesma ênfase. Apenas olhando a história, é fácil presumir seu desfecho. Daí entra em cena o mito machadiano, a partir de seu apurado trabalho com a linguagem, somado aos
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9 Coveiros:
Vai desculpando... Mas odeio Machado de Assis! Esse conto é muito chato!
Este é um dos meus contos favoritos, já perdi as contas de quantas vezes o li.
Ótimo texto!
Estou seguindo.
Nem sou muito fã de Machado de Assis odeio esses kra que fica quase uma pagina pra fala: naquela noite eu estava triste demais,me joguei do prédio.. ¬¬ aff
Pô eu curto o Machado... apesar q o pessoal aki nao curte muito, mas enfim...
me segue, q to te seguindo, vlw?: http://blogdoferreirinha-ferreirinha.blogspot.com/
nada contra machado de assis... até que alguns contos sao bons... mas confesso nao ter paciencia com alguns - o pessoal exagera
Povo louco, Machado é um dos melhores do mundo!
Muito boa analise Rafa!
Caraca muito bem escrita a analise. Sou fã do cara e vc destrinchou muito bem, parece até um trabalho academico, porque possui respaldo teórico.
Até salvei no pc como fonte de pesquisa e aguardo a continuação...
Acho qee algumas coisas qee ele escreve não tem nadah4ver, mas a maioria é de abrir um sorriso e pensar de um novo jeito
Veiin no meu
http://sentimentares.blogspot.com/
Cara o seu texto eu guentei ler e até gostei muito... Mas já o conto do Machado. Vc escreve muito bem, mas admito minha falta de capacidade de identificar esses elementos ai que vc citou no conto! É chato, efadonho, enjuado...
Adorei seu blog
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