Um novo evento narrado em “SeNTia qUe La VeM a EsToRRRia”. Antes de seguir com essa amostra de epopeia trágica, logo advirto, esse episódio surge para romper paradigmas um tantinho pragmáticos. Começando pela sua relação estreita com a música e, sobretudo, na presença de uma diferenciação básica, centrada na alusão a oportunidades distintas, que se baseia em quem vos escreve não aparecer como personagem central da trama, em resumo, participo na figura de um mero expectador, na passagem inicial do texto. Parece complexo em? Prometo que em breve entenderão a premissa...
“Toda vez que o seu namorado sai, você vai ver outro rapaz. Olha todo mundo está comentando, seu cartaz tá aumentando...”. Alguma vez, dentro de suas malcriadas vidas, devem ter se deparado com essa amostra em poesia cantada. Ah, sem dúvidas a música, exerce um papel funcional na vida das pessoas, algumas canções até, na base do acaso, demonstram surpreendente poder de interação, integrando de modo maquinal as “trilhas sonoras da vida” de centenas de milhares de pessoas, não há escapatória. O que não sabia é que essa influência também pode transcorrer sobre um ponto de vista mais maquiavélico e negativista.
A fim de proteger a idoneidade do protagonista, nessa oportunidade atenderá pelo pseudônimo Claudio. Certo dia, estávamos a caminho de um churrasco, mais uma daquelas festas da galera, parecia que seria deveras agitada, com direito a muita cerveja gelada e mulheres desfilando de biquíni pelos quatro cantos da casa. Portanto, já durante o caminho, fazia-se necessário ir embarcando no clima, optei por um CD brega, apesar de meu colega não ter apreciado muito a pedida.
Finalmente próximos ao destino, uma passagem intrigante, assim que tocava “Em plena Lua de mel”, na voz inconfundível de Reginaldo Rossi, presenciei uma real amostra de surto psicodélico de terceiro grau, acompanhado por um rápido movimento no botão OFF que mais parecia uma agressão física ao meu humilde som automotivo. Certamente, caso não fosse um objeto inanimado, de imediato iria a polícia prestar um BO. Apesar da fachada violenta, preferi não polemizar e tentar entender o acontecido, vá que resolvesse depositar sobre mim sua fúria incontida, um tiro certeiro do SNIPER, sem dúvidas padeceria desse mal desconhecido.
- Cara, a música pode não ser uma poesia dos deuses, mas para que tanta raiva?
- Rafa, vai desculpando o mau jeito, acontece que odeio essa música, mais do que você queira ou possa imaginar.
- Por quê? Muita gente se identifica com ela, to sentindo uma ponta de exagero.
- Não entendo como podem chamar isso de música, é um despautério esse lance de trair o marido em plena lua de mel, coisa sem autenticidade, só alguém como você poderia se identificar com um lixo desses! – sim ele falou isso e eu imediatamente tratei de por um fim na discussão, sem esquecer claro de dar uma leve e ligeira, provocada!
- Pois bem cara, você vai se arrepender de tudo que tah dizendo. A partir de hoje sentencio, irá lembrar para sempre dessa canção que ainda retratará um fatídico episódio em sua vida, e estará fadado a lembrar dela por todo sempre, HAHAHA - Não esqueçam essa afirmativa, é um fator elementar no desenrolar do causo. Certo, confesso que a risada foi mais um jogo de cena, optei por improvisá-la agora, gerando um ar sombrio, colaborando para o clima de mistério e terror. O restante foi real, quando proferi tal balburdio, nem podia imaginar, as palavras têm PODER!
Acalmem-se, Claudio não morreu, menos ainda foi iminentemente vítima de qualquer mal. Digo até que em um primeiro momento, a vida parecia se abrir para ele. Garoto tímido, de poucas amizades, uma de suas principais características era a convivência fácil. Diferentemente seria a sua vivacidade sexual, tinha anseios de experimentar novas sensações, talvez a falta de vitalidade afastasse as garotas, em conjunto a feiúra materializada em sua face, um misto de homem das cavernas fora de seu habitat natural, corrompido pela ilusória esfera suburbana, seu vício favorito, um peixe fora do aquário exibindo um visual exótico com aquele cavanhaque capenga, seguido por uma enorme juba de cabelos cacheados e indumentária incoerente, calça jeans, tênis preto e camisa de botão quadriculada. Mesmo jamais confessando, transparecia pouca experiência com o universo feminino, e o pior, denunciava dificuldade em conviver com a falta de tais virtudes, a personalidade não ajudava muito, pessoa séria ao extremo, dotada de boa dose de amargura.
Depois de toda descrição de estereotipia flopada, uma novidade que senti intensa resistência em assimilar, não é que o Claudio acabou se dando bem. Poucos meses que sucederam a fatídica peripécia no meu carro, como em um passe de mágica, passou a ostentar um namoro. Como se tratava de Claudio, casualidade não integra o repertório, só surrealidade, em forma de uma linda morena, o corpo uma verdadeira excelência de molde artesanal, esculturalmente forjado sobre severos rigores estéticos, impossível haver duas mulheres iguais de semelhante beleza. Não se enganem, vocês estão notando sim uma pontinha de inveja, ainda sim em algum lugar da longevidade dos cosmos, estava feliz por ele.
Completamente apaixonado, as colunas sociais entre amigos davam conta de novos rumores de casamento. Tudo parecia perfeito, acontece que aquela tal canção, ainda o perseguia. Relaxem, a noiva não “traiu o marido em plena lua de mel”, acho até que teria coragem, o que faltou na verdade, foi o casamento. Certo dia, depois de se despedir da amada, estava marcada uma viagem para a cidade onde moravam os seus pais. Pretendia dar a “má” notícia do seu noivado e posteriormente do casamento. Antes de tomar estrada, como qualquer amante apaixonado que se preze, que tal uma visita surpresa, levar uma rosa, ganhar um beijo de amor... Por razões do infortúnio, logo na entrada do condomínio onde morava, de imediato se deparou, encontrava-se de mãos dadas... a garota inexplicavelmente era cortejada por outro rapaz.
O restante todos até imaginam, um bate boca classico, algumas baixarias, seguido por um aglomerado de acusações maldosas. Claro que tudo começou com um “meu amor eu posso explicar tudo”. A situação não podia ser pior – ou melhor, podia sim -, algumas pessoas conhecidas trafegavam pelo local no momento do incidente, em poucas horas o fato passou a ser de domínio público, atingindo uma proporção de rede nacional. Pobre do Claudio, não sei se superou, entretanto ele sobreviveu sim.
E PONTO FINAL...
Esperem, ainda não vão embora, tem mais, quase ia esquecendo um detalhe crucial... No dia seguinte, apesar de todos os amigos se reunirem para dar aquela força ao cornudo – OPS -, qual o hino que ecoou entre a turma? “Em plena lua de mel” é claro, não poderiam deixar de dar uma leve zuada, afinal com alegria é mais fácil superar tudo, até os momentos de intensa dor e vergonha. Apostando nessa teoria, a criatividade fluiu resultando em uma parodia, ficando mais ou menos assim, “Toda vez que o seu namorado sai, em casa ela recebe outro rapaz, olha até a EX dele está comentando, seu cartaz tá aumentando. Morena linda, por favor...”.
E pensar que o pobre odiava tanto essa canção, parece que acertei na profecia, agora realmente estarão ligados para todo o sempre. Alguém ainda dúvida do domínio funcional da música aliada à influência que exerce? Desafio alguém também a desacreditar no poder da palavra, aquilo que mais odeia pode ser, aquilo que melhor é capaz de lhe retratar.
A fim de proteger a idoneidade do protagonista, nessa oportunidade atenderá pelo pseudônimo Claudio. Certo dia, estávamos a caminho de um churrasco, mais uma daquelas festas da galera, parecia que seria deveras agitada, com direito a muita cerveja gelada e mulheres desfilando de biquíni pelos quatro cantos da casa. Portanto, já durante o caminho, fazia-se necessário ir embarcando no clima, optei por um CD brega, apesar de meu colega não ter apreciado muito a pedida.
Finalmente próximos ao destino, uma passagem intrigante, assim que tocava “Em plena Lua de mel”, na voz inconfundível de Reginaldo Rossi, presenciei uma real amostra de surto psicodélico de terceiro grau, acompanhado por um rápido movimento no botão OFF que mais parecia uma agressão física ao meu humilde som automotivo. Certamente, caso não fosse um objeto inanimado, de imediato iria a polícia prestar um BO. Apesar da fachada violenta, preferi não polemizar e tentar entender o acontecido, vá que resolvesse depositar sobre mim sua fúria incontida, um tiro certeiro do SNIPER, sem dúvidas padeceria desse mal desconhecido.
- Cara, a música pode não ser uma poesia dos deuses, mas para que tanta raiva?
- Rafa, vai desculpando o mau jeito, acontece que odeio essa música, mais do que você queira ou possa imaginar.
- Por quê? Muita gente se identifica com ela, to sentindo uma ponta de exagero.
- Não entendo como podem chamar isso de música, é um despautério esse lance de trair o marido em plena lua de mel, coisa sem autenticidade, só alguém como você poderia se identificar com um lixo desses! – sim ele falou isso e eu imediatamente tratei de por um fim na discussão, sem esquecer claro de dar uma leve e ligeira, provocada!
- Pois bem cara, você vai se arrepender de tudo que tah dizendo. A partir de hoje sentencio, irá lembrar para sempre dessa canção que ainda retratará um fatídico episódio em sua vida, e estará fadado a lembrar dela por todo sempre, HAHAHA - Não esqueçam essa afirmativa, é um fator elementar no desenrolar do causo. Certo, confesso que a risada foi mais um jogo de cena, optei por improvisá-la agora, gerando um ar sombrio, colaborando para o clima de mistério e terror. O restante foi real, quando proferi tal balburdio, nem podia imaginar, as palavras têm PODER!
Acalmem-se, Claudio não morreu, menos ainda foi iminentemente vítima de qualquer mal. Digo até que em um primeiro momento, a vida parecia se abrir para ele. Garoto tímido, de poucas amizades, uma de suas principais características era a convivência fácil. Diferentemente seria a sua vivacidade sexual, tinha anseios de experimentar novas sensações, talvez a falta de vitalidade afastasse as garotas, em conjunto a feiúra materializada em sua face, um misto de homem das cavernas fora de seu habitat natural, corrompido pela ilusória esfera suburbana, seu vício favorito, um peixe fora do aquário exibindo um visual exótico com aquele cavanhaque capenga, seguido por uma enorme juba de cabelos cacheados e indumentária incoerente, calça jeans, tênis preto e camisa de botão quadriculada. Mesmo jamais confessando, transparecia pouca experiência com o universo feminino, e o pior, denunciava dificuldade em conviver com a falta de tais virtudes, a personalidade não ajudava muito, pessoa séria ao extremo, dotada de boa dose de amargura.
Depois de toda descrição de estereotipia flopada, uma novidade que senti intensa resistência em assimilar, não é que o Claudio acabou se dando bem. Poucos meses que sucederam a fatídica peripécia no meu carro, como em um passe de mágica, passou a ostentar um namoro. Como se tratava de Claudio, casualidade não integra o repertório, só surrealidade, em forma de uma linda morena, o corpo uma verdadeira excelência de molde artesanal, esculturalmente forjado sobre severos rigores estéticos, impossível haver duas mulheres iguais de semelhante beleza. Não se enganem, vocês estão notando sim uma pontinha de inveja, ainda sim em algum lugar da longevidade dos cosmos, estava feliz por ele.
Completamente apaixonado, as colunas sociais entre amigos davam conta de novos rumores de casamento. Tudo parecia perfeito, acontece que aquela tal canção, ainda o perseguia. Relaxem, a noiva não “traiu o marido em plena lua de mel”, acho até que teria coragem, o que faltou na verdade, foi o casamento. Certo dia, depois de se despedir da amada, estava marcada uma viagem para a cidade onde moravam os seus pais. Pretendia dar a “má” notícia do seu noivado e posteriormente do casamento. Antes de tomar estrada, como qualquer amante apaixonado que se preze, que tal uma visita surpresa, levar uma rosa, ganhar um beijo de amor... Por razões do infortúnio, logo na entrada do condomínio onde morava, de imediato se deparou, encontrava-se de mãos dadas... a garota inexplicavelmente era cortejada por outro rapaz.
O restante todos até imaginam, um bate boca classico, algumas baixarias, seguido por um aglomerado de acusações maldosas. Claro que tudo começou com um “meu amor eu posso explicar tudo”. A situação não podia ser pior – ou melhor, podia sim -, algumas pessoas conhecidas trafegavam pelo local no momento do incidente, em poucas horas o fato passou a ser de domínio público, atingindo uma proporção de rede nacional. Pobre do Claudio, não sei se superou, entretanto ele sobreviveu sim.
E PONTO FINAL...
Esperem, ainda não vão embora, tem mais, quase ia esquecendo um detalhe crucial... No dia seguinte, apesar de todos os amigos se reunirem para dar aquela força ao cornudo – OPS -, qual o hino que ecoou entre a turma? “Em plena lua de mel” é claro, não poderiam deixar de dar uma leve zuada, afinal com alegria é mais fácil superar tudo, até os momentos de intensa dor e vergonha. Apostando nessa teoria, a criatividade fluiu resultando em uma parodia, ficando mais ou menos assim, “Toda vez que o seu namorado sai, em casa ela recebe outro rapaz, olha até a EX dele está comentando, seu cartaz tá aumentando. Morena linda, por favor...”.
E pensar que o pobre odiava tanto essa canção, parece que acertei na profecia, agora realmente estarão ligados para todo o sempre. Alguém ainda dúvida do domínio funcional da música aliada à influência que exerce? Desafio alguém também a desacreditar no poder da palavra, aquilo que mais odeia pode ser, aquilo que melhor é capaz de lhe retratar.
36 Coveiros:
'' dá vergonha de dizer o que disseram de você mais ouça...''
Perfeito.
UHAsuhAUhsu
Gostei!
Me diverti!
Bjo!
ah e passa lá: lorenapinto.blogspot.com
"SeNTia qUe La VeM a EsToRRRia” huahau adOreiiiiiiiiii
até mais
Coitado do amigo corno cruzessssssss...
legal a cronica
como Uma musica linda dessa pode ser tema de umacoisa tão triste. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ADOREEEEI ! hauhahauhauahuaha
"aquilo que mais odeia pode ser, aquilo que melhor é capaz de lhe retratar. "
Concordo com a afirmação acima... por experiência própria! hahahaha
_____
http://planetabandonado.blogspot.com/
Cara, coitado do seu amigo!! e que boca maldita hein?!! Esse tipo de profecia nunca podem ser ditas!!! heehe!!
Pobre do seu amigo mano haha
Muito bom
Abraço
HU!
muito bom brother
voltarei mais vezes
um abração
ahahahahaha
mt bom
curti bastante
se puder passa lá
http://oarlecrim.blogspot.com/
whattahell?
Deu pra perceber tb o qt vc gosta desse seu amigo em?
caraca vc curte seu amigo em??? kkkk rachei o bico!
shaushaushau é legal mesmo, aqui sempre tem algo interessante... por isso venho aqui sempre...
Forte Abraço
Ótimooo postt!
sucesso para seu blog :D
beijos.
gostei muito,suuper exótico! *-*
Ah, rs Adorei!
Muito interativo seu texto.
Um excelente vocábulo
Beijos!
A.. Obrigada. :) A maioria dos meus textos são meio complexos pq eu nao digo coisa com coisa ;x UHEOHOUEWHOUEH :X
Você redige muito bem! :) Parabéns :*
Eu ri Demais da imagem Cara!!
AHSUAHSUAHSU
Se podeer visita?
http://tatreta.blogspot.com/
cara
tu escreve umas locura boa hein?!
ADOREI ESSE POSTE MUITO REALISTA E SICERO
PARABENS PELO BLOG E OTIMO JA ADDC NO MEUS FAVORITOS
GRANDE ABRAÇO!!!!
To passada com essa historia.
Ainda mais que corno uma vez, sempre será, é só deixar.. hehe
Putzz Rafa, rs
as fotos ficaram engraçadas, e o tamanho dos chifres do touro coitado
Rachei
Pobre Esponja: Bom Humor com mau Humor e Mau Humor com Bom Humor!
http://pobresponja.blogspot.com/
_Canibalismos!!
_Ilusão Idiótica
_A verdadeira história do Rock
_Cala que eu te escuto
_etc etc etc etc
http://pobresponja.blogspot.com/
Ps: A lei de comentar-se sempre no primeiro post foi revogada - sinta-se à vontade para comentar em qualquer postagem!
abçs
Pobre Esponja
Rafael, perdoe-me pelo desabafo feroz! Cara, quando vejo um comentário daquele fico muito irritado, sabes! O seu, infelizmente, foi a gota d'água! Sei que fui mal educado, mas geralmente não sou assim, gostaria que aceitasse meu pedido de desculpas.
abs,
Richard.
Opa velhinhu.. desculpa ter demorado.. minha net caiu, por isso q n deu pra vim naquela hora comentar..
Mais seguidor pode né?
Abraçosssssss
bacana o texto. e o titulo arrasa em, senta q la vem estoria
www.imarty.tk
nss olha o chifre do boi auhahahauahuahuah
www.imarty.tk
O galho pegando hahahaha!!!
nao duvido do poder da palavra...
seu amigo só cuspiu pra cima...
... ficou com a cara toda melada
^^
http://rosanegracontos.blogspot.com
visite
muito bem feito esse texto ^^
Gostei
Esse texto tah mesmo foda Rafa
Foi um dos seus textos que mais me fez rir
hum...esta de parabens...pelo texto...muito bom...
Brother, apesar de não gostar deste tipo de música (sou muito radical com relação a isto, na verdade até me acho egoíco com relação a gostos), do cantor e tudo mais... Até que gostei desta história, muito comum entre tantos na sociedade. Achei super engraçado vc descrevendo o seu amigo... E que amigo vc é, hein!!! Merece tomar uns bons cruzados com uma bela combinação de low kicks. Bicho achei que ele vinhesse de um filme de ficção, terror ou de uma quadrilha junina,kkkkk.
E de onde tu tirastes a ilustração do touro?rs,rs,rs...
Só não concordo muito neste conto de palavras tem poder, pois se assim o fosse tinha muita gente milionária, acredito que aquilo que tem que ser será, apenas isto.
No mais, adorei sua narrativa, a magia do universo surreal sempre presente faz deste texto uma ode ao cotidiano.
Valeu!
Postar um comentário
________________________________________________________
Obrigado por visitar o nosso Cemitério...
Volte logo, haverá sempre uma tumba bem quente disponível para você...
________________________________________________________