Prêmio de Fotografia Pictet

Certamente alguém aqui – nem que seja apenas um vivo corpo enterrado -, já deve ter ouvido falar do Prêmio de Fotografia Pictet, que como de costume destaca temas relativos a questões de sustentabilidade.

Com a pauta “Planeta Terra”, a edição desse ano, já divulgou os doze fotógrafos finalistas. A primeira etapa do concurso foi bastante criteriosa, já que foram recebidas mais de 300 inscrições de séries retratando a problemática em praticamente todos os cantos do mundo.

Os organizadores ressaltam que as fotos, "falam dos efeitos prejudiciais e muitas vezes irreversíveis da exploração dos recursos do planeta e refletem os impactos imediatos e de longo prazo de modelos de desenvolvimento insustentáveis em comunidades em todo o globo".

Muitos dos trabalhos logo a princípio despertam atenção para a fonte de recursos que a sociedade consome diariamente, entretanto sem apresentar questionamento algum a origem dos fatos. Um exemplo é a série sobre pedreiras de mármore fotografadas pelo canadense Edward Burtynsky em Portugal, Itália e na Índia. Nessa amostra, o artista procura mostrar a frieza e solidão da "realidade longínqua das paisagens industriais" nestes lugares.

Enquanto isso, o israelense Nadav Kandar quis mostrar todo processo de relação dinâmica do ser humano com as grandes construções na China. Sua série sobre os 6,5 mil quilômetros do rio Yangtze, ao longo do qual vivem mais pessoas que nos EUA, retratou famílias convivendo com os viadutos sombrios e o ar cinzento da cidade portuária de Chongqing.

Já o ciclo de consumo, destruição, violência e conflito político é explorado pelo canadense Christopher Anderson em sua série fotografada na Venezuela, que inclui canaviais e favelas. “Enquanto o agronegócio fatura, falta comida para grande parte da população”, diz o fotógrafo, que já foi indicado ao prestigiado prêmio Pulitzer de jornalismo.

Outras obras de arte optam por instigar o debate através de uma representação mais abertamente subjetiva da realidade. O que parecem montanhas nas fotos do chinês Yao Lu são, na verdade, pilhas de lixo em poças de lama, subprodutos do desenvolvimento imobiliário acelerado em seu país.

Esta é a segunda edição do prêmio Pictet de fotografia, patrocinado pelo banco suíço Pictet. No ano passado, na primeira edição do concurso, o fotógrafo baiano Christian Cravo levou o nome do Brasil ao ficar entre os finalistas da premiação.

O vencedor deste ano receberá 100 mil francos suíços, cerca de R$ 175 mil.

Confira outras imagens:

No Fim, qual delas você escolheria? Não consegui chegar a uma conclusão confesso!