Sentem logo todos...a história já vai começar!
Um fato engraçado que se sucedeu há alguns anos, galera reunida na casa da praia, à noite todos “trancafiados” ao quarto, amedrontando e também se assustando com as garotas... No ápice da diversão eis que aquela figura estigmata apareceu...
Lembro sempre com muito pesar dos divertidos fim de semana na casa da praia, um período inspirador, que ainda podem render muitas histórias, nostalgia sem fim, momentos de felicidade que sofremos por saber que nunca mais voltarão. Em outra dessas afluências, o grupo foi todo reunido em torno de um feriado que já nem me lembro qual.
Quando a noite caia, a falta de televisão e outros apetrechos tecnológicos fomentavam uma interação quase perfeita, o bom disso era que todas as estações lidadas na casa eram repletas de garotas, de todos os tipos, idades índoles e até tamanhos. Existiam sempre aquelas mais empertigadas, ou metidinhas se preferirem, que hesitavam em se enturmar com a escória masculina, verdadeiro ambigüidade heterogênea. Lembro também das mais tímidas que titubeavam, demonstrando resistência em cultivar uma nova amizade e que ao fim do passeio depois da convivência provavam serem boas pessoas. E por fim o estereótipo favorito da macharada, o que a gente gostava mesmo eram daquelas mais espevitadas, que se aproximavam prontamente sorrindo e brincando, a brindar a paz previamente anunciada. Essa afeição tinha suas próprias recompensas, sequer precisamos fazer muito esforço para nos aproximar – pelo contrário, em algumas oportunidades até nos fizemos de difíceis.
Nenhum de nós “cuecas” podiam denegar o peso das garotas em todo aquele instrutivo entretenimento, embora foram muitos os momentos que buscamos ludibriá-las do quanto acabavam incomodando o nosso convívio. A cartada era estabelecida por verdadeira elegia alusória, a não presença das mesmas na casa. Existia um conflito pré-estabelecido, a guerra dos sexos, aquelas garotas, hora ordinárias, usando de algum eufemismo barato, tratando-nos como vassalos e a se portar como a realeza suserana em corpo de menina mulher.
Um infortúnio serem tão belas, com seus cabelos compridos, tão meigas e vaidosas. Quando falavam, o timbre agudo mais vinha ao ouvido como um sussurro flertante. Nem tudo era um prelúdio, horas nos protegiam como uma mãe a defender-nos do predador, chegando a mentir para esconder algum desvio como bebedeiras e cigarros e sem chantagens posteriores. Também não foi nem uma ou duas vezes que nos foi oferecido seus cuidados “médicos”, uma enfermeira particular quando padecíamos de alguma doença, gula ou simplesmente ressaca.
A trajetória atestava toda a falta de entusiasmo nos instantes de incitação, não adotando aqueles perigosos estratagemas sugeridos nos minúcios de inquietação miraculosa, nada tão miraculoso, apenas algo do tipo como alçar algum pedregulho para atingir até o orgulho delas, em sentido figurado lógico, realmente como somos maus!
Agora deixando meramente a leviandade humana, todos a reconhecer o papel que as garotas adotavam, a relevância nesse enredo emblemático de ataques investidos, no quanto ao fim eram atrativas suas presenças, inclusive anteriormente ao passeio, em torno da intrigante curiosidade. Quantas nós já conhecíamos e qual delas seriam as novidades? Qual o perfil da maioria nessa oportunidade? Tornara-se comum a presença de algumas que inclusive nunca tínhamos visto, o que deixava as viagens mais atrativas em torno do mistério, existiria sempre algum tipo de novidade.
Quando assinávamos um tratado de paz, uma trégua nas guerras previamente travadas, as brigas, tiroteios e discussões ficavam tenramente em segundo plano. No início da noite, estávamos todos reunidos, bem no escuro, em volta da cama. Iluminação precária, quando existia era uma ou duas velas, formando um ambiente estranho e nitidamente sedutor. Porta fechada dava um certo ar de excitação proibida à brincadeira, refrigerante e biscoito, verdadeira fartura. Enfim começaríamos a por em prática todos os planos miraculosos, há semanas mancomunados, ao término todos iriam regozijava-se do incidido, e as pobres, completamente vitimadas por nosso viril ímpetos de desejo.
Em forma de um círculo, todos se entreolhavam, enquanto elas sorriam vergonhosamente. Íamos nos aproximando lentamente, bem lentamente, permaneciam imóveis, não nos instigavam mas também não punham fim as ungidas. Enfim próximos o bastante, finalmente aconteceu! Estava aberto nosso passatempo favorito, aguardamos vários meses para concretizar tais segundas intenções... assustar aquelas puras inocentes garotas com horror, histórias de arrepiar – ninguém pensou se tratar de outra coisa em?
Tudo começava com uma historinha boba, que gradativamente em novas passagens tomava conotações mais perigosas com acepções bastante ousadas e quando estavam todas devidamente concentradas, no clímax da história, vinha a principal parte. Melhor do que narrar causos de fantasmas, histórias e filmes de terror, era ao término de cada uma delas, desempenhar nossa atividade predileta,assustar garotas! Tudo bem, às vezes eram elas que nos assustavam, no entanto isso era raro, apesar de que se estivessem aqui atestariam o contrário, sendo essa uma situação bastante freqüente. O sobressalto no ato de sua concepção era variado, para atingir o medo, a história tinha meramente a função de um caminho inicial, a cada dia se desenvolviam diferentes formatos para aterrorizar, alguém ficava escondido e do nada aparecia fantasiado, saindo do banheiro ou pela própria porta, sempre ocorrências do gênero. Certo dia, um evento fora do roteiro surpreendeu a todos.
O grupo em peso havia acabado de chegar de uma festa, estavam todos dormindo...Então já sob o efeito de algumas doses, resolvemos por meio do improviso – nada previamente tramado -, assustar as indefesas donzelas. Nesse dia a narrativa ao invés de espantar nos fazia rir compulsivamente, na imaginária narrativa do colega, refletindo sua condição de embriaguês, a descrição de um suposto assassino estripador com capacete em forma de tomate, a risada foi ensurdecedora e sequer notamos que fizemos mais barulho que anteriormente e quando o colega tentava dar nova ênfase ao conto, fazendo com que todos parassem de rir...
Toq Toq Toq...
A essa altura quem diabos batia a porta.
Toq toq toq – tornava a bater! Incrível como subitamente ninguém mais se pusera a rir.
Toq toq toq – o que quer que fosse parecia não estar disposto a ir embora!
- Deve ser o tal do estripador que veio nos pegar porque rimos da cabeça dele – gritou uma das meninas, embora até hoje não sei se falava sério.
E continuaram soando as batidas na porta, alguém tinha de fazer algo.
- Não tem ninguém – exclamei, quem sabe o monstro acreditava e fosse embora de uma vez!
Toq toq toq
- Não tem ninguémmmm – bravejei tentando amedrontá-lo
- Vai embora bicho feio – gritava uma das garotas que sequer me lembro qual.
- Temos de sair daqui! O cabeça de tomate vai entrar e matar a gente – esse veio como um sussurro e engana-se quem pensar ter sido dito pelas meninas, lembro bem, foi um dos cabras.
Toq toq toq – mas parece que não havia desistido. O caso agora é emblemático, algo estava por trás da porta e nós todos em cima da cama, cerca de dez valentes, entre homens e mulheres abraçados, pensando bem até que estava bom! Meio desanimado, logo respondi...
- Não tem ninguém
- Caral -PIIIIII – olha a censura -, como não tem ninguém?
Nossa! Todos nós ficamos aliviados com a revelação. Conhecíamos bem aquela voz, era do meu padrinho... Imediatamente tratei de abrir a porta e me pus a respondê-lo:
- Não tem ninguém tio, que bata tão bem, na porta!
Aquela altura o padrinho era quase um estripador reclamando de nossas risadas estridentes que despertaram a casa inteira...Pedimos todos desculpa e ele ainda se retirou reclamando.
Bom agora só nos restava dormir porque amanhã é um outro dia, portando boa noite meninas...
- Até mais, garotos, hoje vocês não conseguiram nos assustar!
- É verdade, preparem-se porque amanhã tem mais histórias!
Um fato engraçado que se sucedeu há alguns anos, galera reunida na casa da praia, à noite todos “trancafiados” ao quarto, amedrontando e também se assustando com as garotas... No ápice da diversão eis que aquela figura estigmata apareceu...
Lembro sempre com muito pesar dos divertidos fim de semana na casa da praia, um período inspirador, que ainda podem render muitas histórias, nostalgia sem fim, momentos de felicidade que sofremos por saber que nunca mais voltarão. Em outra dessas afluências, o grupo foi todo reunido em torno de um feriado que já nem me lembro qual.
Quando a noite caia, a falta de televisão e outros apetrechos tecnológicos fomentavam uma interação quase perfeita, o bom disso era que todas as estações lidadas na casa eram repletas de garotas, de todos os tipos, idades índoles e até tamanhos. Existiam sempre aquelas mais empertigadas, ou metidinhas se preferirem, que hesitavam em se enturmar com a escória masculina, verdadeiro ambigüidade heterogênea. Lembro também das mais tímidas que titubeavam, demonstrando resistência em cultivar uma nova amizade e que ao fim do passeio depois da convivência provavam serem boas pessoas. E por fim o estereótipo favorito da macharada, o que a gente gostava mesmo eram daquelas mais espevitadas, que se aproximavam prontamente sorrindo e brincando, a brindar a paz previamente anunciada. Essa afeição tinha suas próprias recompensas, sequer precisamos fazer muito esforço para nos aproximar – pelo contrário, em algumas oportunidades até nos fizemos de difíceis.
Nenhum de nós “cuecas” podiam denegar o peso das garotas em todo aquele instrutivo entretenimento, embora foram muitos os momentos que buscamos ludibriá-las do quanto acabavam incomodando o nosso convívio. A cartada era estabelecida por verdadeira elegia alusória, a não presença das mesmas na casa. Existia um conflito pré-estabelecido, a guerra dos sexos, aquelas garotas, hora ordinárias, usando de algum eufemismo barato, tratando-nos como vassalos e a se portar como a realeza suserana em corpo de menina mulher.
Um infortúnio serem tão belas, com seus cabelos compridos, tão meigas e vaidosas. Quando falavam, o timbre agudo mais vinha ao ouvido como um sussurro flertante. Nem tudo era um prelúdio, horas nos protegiam como uma mãe a defender-nos do predador, chegando a mentir para esconder algum desvio como bebedeiras e cigarros e sem chantagens posteriores. Também não foi nem uma ou duas vezes que nos foi oferecido seus cuidados “médicos”, uma enfermeira particular quando padecíamos de alguma doença, gula ou simplesmente ressaca.
A trajetória atestava toda a falta de entusiasmo nos instantes de incitação, não adotando aqueles perigosos estratagemas sugeridos nos minúcios de inquietação miraculosa, nada tão miraculoso, apenas algo do tipo como alçar algum pedregulho para atingir até o orgulho delas, em sentido figurado lógico, realmente como somos maus!
Agora deixando meramente a leviandade humana, todos a reconhecer o papel que as garotas adotavam, a relevância nesse enredo emblemático de ataques investidos, no quanto ao fim eram atrativas suas presenças, inclusive anteriormente ao passeio, em torno da intrigante curiosidade. Quantas nós já conhecíamos e qual delas seriam as novidades? Qual o perfil da maioria nessa oportunidade? Tornara-se comum a presença de algumas que inclusive nunca tínhamos visto, o que deixava as viagens mais atrativas em torno do mistério, existiria sempre algum tipo de novidade.
Quando assinávamos um tratado de paz, uma trégua nas guerras previamente travadas, as brigas, tiroteios e discussões ficavam tenramente em segundo plano. No início da noite, estávamos todos reunidos, bem no escuro, em volta da cama. Iluminação precária, quando existia era uma ou duas velas, formando um ambiente estranho e nitidamente sedutor. Porta fechada dava um certo ar de excitação proibida à brincadeira, refrigerante e biscoito, verdadeira fartura. Enfim começaríamos a por em prática todos os planos miraculosos, há semanas mancomunados, ao término todos iriam regozijava-se do incidido, e as pobres, completamente vitimadas por nosso viril ímpetos de desejo.
Em forma de um círculo, todos se entreolhavam, enquanto elas sorriam vergonhosamente. Íamos nos aproximando lentamente, bem lentamente, permaneciam imóveis, não nos instigavam mas também não punham fim as ungidas. Enfim próximos o bastante, finalmente aconteceu! Estava aberto nosso passatempo favorito, aguardamos vários meses para concretizar tais segundas intenções... assustar aquelas puras inocentes garotas com horror, histórias de arrepiar – ninguém pensou se tratar de outra coisa em?
Tudo começava com uma historinha boba, que gradativamente em novas passagens tomava conotações mais perigosas com acepções bastante ousadas e quando estavam todas devidamente concentradas, no clímax da história, vinha a principal parte. Melhor do que narrar causos de fantasmas, histórias e filmes de terror, era ao término de cada uma delas, desempenhar nossa atividade predileta,assustar garotas! Tudo bem, às vezes eram elas que nos assustavam, no entanto isso era raro, apesar de que se estivessem aqui atestariam o contrário, sendo essa uma situação bastante freqüente. O sobressalto no ato de sua concepção era variado, para atingir o medo, a história tinha meramente a função de um caminho inicial, a cada dia se desenvolviam diferentes formatos para aterrorizar, alguém ficava escondido e do nada aparecia fantasiado, saindo do banheiro ou pela própria porta, sempre ocorrências do gênero. Certo dia, um evento fora do roteiro surpreendeu a todos.
O grupo em peso havia acabado de chegar de uma festa, estavam todos dormindo...Então já sob o efeito de algumas doses, resolvemos por meio do improviso – nada previamente tramado -, assustar as indefesas donzelas. Nesse dia a narrativa ao invés de espantar nos fazia rir compulsivamente, na imaginária narrativa do colega, refletindo sua condição de embriaguês, a descrição de um suposto assassino estripador com capacete em forma de tomate, a risada foi ensurdecedora e sequer notamos que fizemos mais barulho que anteriormente e quando o colega tentava dar nova ênfase ao conto, fazendo com que todos parassem de rir...
Toq Toq Toq...
A essa altura quem diabos batia a porta.
Toq toq toq – tornava a bater! Incrível como subitamente ninguém mais se pusera a rir.
Toq toq toq – o que quer que fosse parecia não estar disposto a ir embora!
- Deve ser o tal do estripador que veio nos pegar porque rimos da cabeça dele – gritou uma das meninas, embora até hoje não sei se falava sério.
E continuaram soando as batidas na porta, alguém tinha de fazer algo.
- Não tem ninguém – exclamei, quem sabe o monstro acreditava e fosse embora de uma vez!
Toq toq toq
- Não tem ninguémmmm – bravejei tentando amedrontá-lo
- Vai embora bicho feio – gritava uma das garotas que sequer me lembro qual.
- Temos de sair daqui! O cabeça de tomate vai entrar e matar a gente – esse veio como um sussurro e engana-se quem pensar ter sido dito pelas meninas, lembro bem, foi um dos cabras.
Toq toq toq – mas parece que não havia desistido. O caso agora é emblemático, algo estava por trás da porta e nós todos em cima da cama, cerca de dez valentes, entre homens e mulheres abraçados, pensando bem até que estava bom! Meio desanimado, logo respondi...
- Não tem ninguém
- Caral -PIIIIII – olha a censura -, como não tem ninguém?
Nossa! Todos nós ficamos aliviados com a revelação. Conhecíamos bem aquela voz, era do meu padrinho... Imediatamente tratei de abrir a porta e me pus a respondê-lo:
- Não tem ninguém tio, que bata tão bem, na porta!
Aquela altura o padrinho era quase um estripador reclamando de nossas risadas estridentes que despertaram a casa inteira...Pedimos todos desculpa e ele ainda se retirou reclamando.
Bom agora só nos restava dormir porque amanhã é um outro dia, portando boa noite meninas...
- Até mais, garotos, hoje vocês não conseguiram nos assustar!
- É verdade, preparem-se porque amanhã tem mais histórias!
16 Coveiros:
Gostei muito da temática do blog!
sem falar no texto, sua narração é bastente fluente!
parabéns!
Muito bom o conto, mas ta muito grande bj
Lindo e gostei do final, instrutivo, nostalgico tb
Confesso que no começo me assustei com o tamanho e fiquei com receio de ler tudo, mas adorei.valeu a pena!tu escreve tri bem.
Por algum momento da leitura achei que eu estavalendo parte do livro Crepúsculo,..
Será se plagiei o livro? Deus nunca o li na vida, só se for por telepatia!
linda cronica
Crônica, conto, narrativa... confesso q me confundo com essas coisas,,,
Mas o texto tah excelente,, linguagem simples e fluente,,
parabéns!
www.supervarietyblog.blogspot.com
O texto desenrola gostoso de ler... Muito bom
http://virandoocopo.blogspot.com/
Muito legal :)
Totalmente excelente
um tanto quanto assustada no inicio do texto com o tamanho, mas valeu a pena terminar. narra muito bem. gostoso de ler :D
Muito bom. Você escreve exelentemente bem!
Bom blog, bom texto, boa leitura, exelentente conteúdo!
parabéns!
http://www.supervarietyblog.blogspot.com/
Muito boa a sua crônica... É surpreendente até um certo ponto... E com um final ainda mais surpreendente!! Parabéns pelo blog!!!
Muito bom!!!!!!!! Dá pra fazer medo. kkkkkk
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